quinta-feira, 17 de outubro de 2019

31 VEZES SOPHIA (11) O jardim da avó Joana


Sophia foi falando muitas vezes ao longo da vida da influência dos jardins das casas por onde passou, numa espécie de “transe de maravilhamento” com a natureza, que lhe dava proteção, solidão, encantamento e liberdade. Um dos espaços que mais a influenciou no Porto foi a casa da avó Joana Andresen, uma espécie de palacete com quinta, que é hoje o Jardim Botânico do Porto (Rua do Campo Alegre, 1191). Aqui conviveu também com o seu primo Ruben Andresen Leitão (o escritor Ruben A.), que descreveu com pormenor este jardim na autobiografia “O Mundo à minha procura”. A casa era também local de grandes festas, de ambientes “de festa e magia”, de “encantamento pelas coisas maravilhosas” e de “gosto pela vida”, muito à maneira nórdica. Esse lado “encantatório e mágico” vai ser presença habitual nas suas narrativas.

No jardim da casa do Campo Alegre, Sophia e os primos inventavam histórias com gnomos em redor de um carvalho, que aparecerá depois no conto “A floresta”. Quando a avó Joana morreu, o jardim ficou ao abandono, sendo atualmente o Jardim Botânico do Porto. 

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