No 25 de abril a música foi uma forma excelente de os mais esclarecidos
ou mais politizados, nomeadamente na área da esquerda, deixarem a sua marca e
se empenharem fortemente na transformação da sociedade. Após o golpe de estado
de 25 de abril, era a altura de doutrinar e as teorias mais atraentes eram da
esquerda. Por isso as cantigas que ficaram no ouvido eram de intervenção pura e
dura. Não somente com ideias bonitas, igualdade ou fraternidade globais,
justiça social ou dignidade, mas de “poder popular”, “abaixo a burguesia”, “o
trabalho contra o capital”, “vamos à luta”, “vivam as comissões de moradores”,
etc. Os cantores mais famosos, que ainda hoje cantam, entraram nesta onda e deixaram
títulos sugestivos a apelar à luta e à transformação social. Quem não conhece
os seguintes nomes: José Afonso, Vitorino, José Mário Branco, Sérgio Godinho,
Fausto, Pedro Barroso, José Jorge Letria, José Barata Moura, Francisco Fanhais?
Depois basta irem ao Youtube e ouvirem. Algumas são bem giras.
Exemplos:
-Só de punho erguido (José Jorge Letria);
--Companheiro Vasco (Carlos Alberto Moniz e Maria do Amparo);
-Daqui o Povo não arreda pé (Carlos Alberto Moniz e Maria do Amparo);
-A luta vai ser dura, companheiro (Grupo Outubro);
-Venha lá sr. Burguês (Fausto);
-Tango dos pequenos burgueses (José Jorge Letria);
-Organização popular (Sérgio Godinho);
-Viva o poder popular (José Afonso);
-O povo unido jamais será vencido (Luís Cília);
-A cantiga é uma arma (José Mário Branco)
-Só povo unido (José Barata Moura)
-Eu vi este povo a lutar (José Mário Branco)
-Canção para a Unidade (Pedro Barroso)
Etc. Etc. Boas músicas!
Caso queiram ouvir estas músicas todas juntas, elas estão disponíveis num
site que descobrimos há dias: http://marius708.com.sapo.pt/Cantores%20de%20Intervencao.html
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