
Mais
tarde o professor colocou-me de novo o desafio e eu aceitei. Ter inspiração
para a peça foi um pouco difícil, mas acabou por me ocorrer uma ideia. Cheguei
a alguma coisa. Queria que tivesse uma mensagem, mas ao mesmo tempo fosse
engraçada.
Tive
muita ajuda do professor, que me deu alguns conselhos para tornar a peça mais
rica e mais clara. Não estava muito segura no início porque achava que não ia
ficar bem em palco, a peça estava confusa e as ideias estavam mal organizadas.
Porém, com o tempo melhorou e penso que obtivemos um bom resultado no final. As
pessoas gostaram e riram-se bastante. Era o nosso objetivo. Só conseguimos este
resultado com o esforço e dedicação de todos.
No
dia da estreia estávamos todos muito nervosos, com medo que corresse mal.
Minutos antes de subir ao palco juntámo-nos todos, respirámos fundo para
sentirmos a energia dentro de cada um de nós. A cada segundo os nervos
aumentam, principalmente na estreia, que, é a melhor parte, mas ao mesmo tempo
é quando nos sentimos mais ansiosos.
Durante
a peça eu não era a primeira a subir ao palco. Por isso fiquei atrás da cortina,
a tentar acalmar-me. Ao mesmo tempo que sentia os nervos à flor da pele, também
sentia alegria e entusiasmo, por ser a minha primeira peça e felizmente ter o
gosto de a ver encenada e conseguir ouvir os risos das pessoas do lado de lá da
cortina. O tempo passou num instante. Quando dei conta já tinha acabado e já
estávamos a agradecer às pessoas a presença delas!
Após
a estreia sentimos um grande alívio, depois de tanta pressão, ao ver que as
pessoas gostaram, e que correu bem. No segundo dia, a representação correu pior,
como é normal acontecer. Estávamos mais relaxados, o que por um lado é mau… Na
verdade parece-me que os nervos nos ajudam a concentrar no que estamos a fazer.
Concluindo, a
experiência e a oportunidade de poder ter uma peça minha em cena foi excelente. Confesso que no início estava apreensiva, mas depois de ver o resultado final e
a reação das pessoas, fiquei bastante feliz. Nunca esperei que gostassem tanto.
Tenho a agradecer a oportunidade e o voto de confiança ao professor João Reis,
e também a excelente encenação e ajuda no texto; à Anabela Teixeira,
responsável pela produção, operação e montagem de som e luz e também aos meus
colegas, que representaram comigo em palco; ao Manuel Tavares; ao Francisco
Gama; à Maria Gama; à Bruna Pereira; ao Rodrigo Mendes e à Inês Lopes, que
fizeram uma brilhante interpretação do papel e também me ajudaram no texto.
Portanto posso dizer que toda a peça resultou de um trabalho de grupo em que
estivemos todos unidos pela mesma razão: o amor à arte do teatro.
Sofia Tavares, nº27,
10ºG
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