Amanhã, dia 16 de dezembro de 2015, comemoram-se os 500 anos da morte do nosso patrono, Afonso de Albuquerque. Esta personalidade portuguesa ficou conhecida na altura pelos seus grandes dotes guerreiros em nome de um belicismo e patriotismo exacerbados que eram a marca da época. Os epítetos de "César do Oriente", o "Grande", o "Leão dos Mares", o "Marte Português", o "Terrível" ficaram-lhe colados ao nome.
Afonso de Albuquerque chegou a ser o 2º vice-rei da Índia e foi o obreiro do Império português no Oceano Índico, sendo considerado um "génio militar" mas também um diplomata entre os momentos de guerra. Fez grande parte da carreira militar no Norte de África mas distinguiu-se nos últimos 6 anos da vida no Índico, onde chefiava um exército português de poucos milhares de soldados. As grandes praças do Índico foram conquistadas por ele e tentou criar uma rede de fortalezas em pontos estratégicos da costa. Chegou a Malaca, às ilhas Molucas, à China, tendo passado os últimos anos a guerrear entre a Índia e o Mar Vermelho. Faleceu no mar.
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| A porta da fortaleza de Malaca que Albuquerque mandou construir após a conquista |
Pouco antes da morte recebeu a notícia de que ia ser substituído na governação da Índia por Lopo Soares de Albergaria, seu inimigo. Albuquerque tinha muitos inimigos na metrópole também por causa do seu temperamento irascível e pouco dialogante e isso não deve ter estado fora desta questão. No momento em que soube da notícia da sua substituição terá dito a célebre frase "Mal com el-rei por amor dos homens. Mal com os homens por amor d'el-rei.". Na carta que escreveu ao rei antes da morte reafirmava o domínio sobre toda a área do Índico excetuando a passagem para o Golfo Pérsico ("a porta do estreito"). Morreu com esta espinha atravessada na garganta.
No post seguinte um evento a comemorar o 5º centenário.
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