Há dias publicámos as fotografias. Aqui vai agora o resumo da visita por Paula Ferreira ao Museu Bordallo Pinheiro e à Fábrica da Vista Alegre / Atlantis. Foi no dia 26.
No dia 26 de fevereiro de 2016 fomos em visita à fábrica da Vista Alegre/ATLANTIS
(vidro) na Zona Industrial do Casal da Areia – Cóz – Alcobaça e ao Museu de
Bordalo Pinheiro nas Caldas da Rainha no âmbito da disciplina de Educação Tecnológica, sob a orientação das professoras Celeste Andrade e Teresa Soares.
Na fábrica da ATLANTIS os alunos puderam
visualizar todo o processo de fabrico de peças em vidro, desde os
constituintes, moldes e embalagem. Vidro e cristal são diferentes. As peças em
cristal são mais brilhantes e têm um toque mais sonante, o que se deve aos seus
componentes (areia /óxido de chumbo /carbonato /potássio). Estas peças podem ter
na sua composição 24% a 30% de óxido de chumbo, que as torna nos melhores
cristais do mundo. Os componentes fundem em fornos que atingem temperaturas de
1200ºC a 1400ºC. O vidro, com menos brilho, não tem na sua composição óxido de
chumbo, o responsável pelo brilho das peças em cristal. Dos utensílios usados
destacamos: a cana, vara que vai à boca do forno buscar uma lágrima de vidro e
a leva ao molde; os moldes podem ser metálicos ou em madeira; a tesoura corta a
lágrima de vidro quando esta é introduzida no molde; a tenaz puxa o cristal
para ajudar a dar forma quando a lágrima é trabalhada ainda na cana e não vai
ao molde. Algumas peças podem ser feitas de uma só gota, outras mais complexas,
podem ter três gotas na sua forma.
No museu Bordallo Pinheiro os alunos observaram o
acervo constituído por várias coleções de temáticas variadas: pratos com
naturezas mortas; figuras de movimento ou de engonço; figuras de crítica social
com destaque para o célebre do Zé Povinho. Bordallo foi diretor técnico e
artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, criada em 1884, onde
inicia a sua obra em cerâmica, embora tivesse já grande experiência gráfica. Algumas
peças são hoje reproduzidas e comercializadas mundialmente como por exemplo as
folhas de couve muito apreciadas em Nova Iorque.
Paula Ferreira (Professora)
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