sexta-feira, 4 de março de 2016

VISITA À ATLANTIS E AO MUSEU BORDALLO PINHEIRO O que fomos ver

     Há dias publicámos as fotografias. Aqui vai agora o resumo da visita por Paula Ferreira ao Museu Bordallo Pinheiro e à Fábrica da Vista Alegre / Atlantis. Foi no dia 26.




No dia 26 de fevereiro de 2016 fomos em visita à fábrica da Vista Alegre/ATLANTIS (vidro) na Zona Industrial do Casal da Areia – Cóz – Alcobaça e ao Museu de Bordalo Pinheiro nas Caldas da Rainha no âmbito da disciplina de Educação Tecnológica, sob a orientação das professoras Celeste Andrade e Teresa Soares.
Na fábrica da ATLANTIS os alunos puderam visualizar todo o processo de fabrico de peças em vidro, desde os constituintes, moldes e embalagem. Vidro e cristal são diferentes. As peças em cristal são mais brilhantes e têm um toque mais sonante, o que se deve aos seus componentes (areia /óxido de chumbo /carbonato /potássio). Estas peças podem ter na sua composição 24% a 30% de óxido de chumbo, que as torna nos melhores cristais do mundo. Os componentes fundem em fornos que atingem temperaturas de 1200ºC a 1400ºC. O vidro, com menos brilho, não tem na sua composição óxido de chumbo, o responsável pelo brilho das peças em cristal. Dos utensílios usados destacamos: a cana, vara que vai à boca do forno buscar uma lágrima de vidro e a leva ao molde; os moldes podem ser metálicos ou em madeira; a tesoura corta a lágrima de vidro quando esta é introduzida no molde; a tenaz puxa o cristal para ajudar a dar forma quando a lágrima é trabalhada ainda na cana e não vai ao molde. Algumas peças podem ser feitas de uma só gota, outras mais complexas, podem ter três gotas na sua forma.
No museu Bordallo Pinheiro os alunos observaram o acervo constituído por várias coleções de temáticas variadas: pratos com naturezas mortas; figuras de movimento ou de engonço; figuras de crítica social com destaque para o célebre do Zé Povinho. Bordallo foi diretor técnico e artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, criada em 1884, onde inicia a sua obra em cerâmica, embora tivesse já grande experiência gráfica. Algumas peças são hoje reproduzidas e comercializadas mundialmente como por exemplo as folhas de couve muito apreciadas em Nova Iorque.

Paula Ferreira (Professora)

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