Sofia Tavares em primeiro plano |
Aqui fica a 2ª parte da conversa que tivemos com Sofia Tavares e Ana Gabriela Flor, que fizeram parte da Equipa portuguesa do MICC 2016 na Polónia no passado mês de maio (entre 22 e 27). Nos próximos dias publicaremos em português o texto escrito em inglês por Sofia Tavares e um inquérito a Ana Margarida Neves no jornal oficial do MICC. Lembramos que, do grupo da ESAAG que foi ao MICC 2016, faziam parte ainda, para além destas três alunas, Bruno Lobão e Rodrigo Besteiro.
-O que se pretendia mostrar com as
simulações dos julgamentos do Tribunal Penal Internacional?
O objetivo principal era demonstrar como se atua, as regras e formalidades
que se tem de ter em consideração num tribunal , principalmente num tribunal
tão importante como o ICC (International Criminal Court), que lida com casos
muito importantes quanto à violação dos direitos humanos.
-Qual foi o critério para a escolha
destes casos? E como é que cada um ficou com a sua função?
Todo o processo foi desenvolvido pelos representantes do MICC em
colaboração com a professora Teresa Alves e a A2IPR.
-Como decorreu a preparação para os
papéis assumidos?
Cada um dos grupos (juízes, acusação, defesa e equipa de imprensa), tinham
treinadores especializados que os ajudavam com todos os materiais do caso e na
forma como cada caso deveria ser tratado para uma boa prestação nas simulações.
Estes treinos realizavam-se ao longo da manhã e tarde, excetuando pausas de
almoço e lanche.
-O que faziam em concreto o juiz e
os advogados nestes casos?
O juiz analisava o caso, tudo o que o fez gerar, e todos os prós e contras
que as equipas de advogados poderiam usar para convencer os juízes. Em seguida
analisava a prestação dos advogados durante o julgamento e por último realizava
um texto para a decisão tomada como sentença final
-Como vos sentistes nesses papéis?
Nós sentimo-nos profissionais e pensamos que conseguimos realizar bem o
trabalho que nos foi proposto e conseguimos visualizar um pouco do que cada uma
dessas profissões exige, o que poderá ser uma ajuda para o futuro.
-Tínheis nos julgamentos alguma
margem de autonomia ou os julgamentos já estavam escritos e o fim determinado?
Tudo era decisão dos juízes, sem qualquer influência dos treinadores ou da
sentença real dada aos casos: era apenas uma decisão tomada a partir do
desempenho da equipa de defesa e de acusação.
-Que balanço foi feito no final?
O balanço final foi bastante positivo. Todos aprendemos e evoluímos
bastante como pessoas e a nível cultural.
-O que se disse na conferência de
imprensa?
A conferência de imprensa serviu para tirar algumas dúvidas que não ficaram
esclarecidas nas simulações quanto aos casos e ao veredicto final, sendo que
foram colocadas algumas questões por parte da equipa de imprensa a um
representante de cada equipa de cada caso. Isto para que assim fosse possível
realizar um artigo sobre cada caso para o jornal do MICC, que foi apresentado
no dia em que saímos de Krzyzowa.
(Imagens do MICC World Times - maio 2016)
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