segunda-feira, 18 de julho de 2016

MICC 2016 - PARTE 2 Sofia Tavares e Ana Gabriela Flor contam como foram as simulações de julgamentos

Sofia Tavares em primeiro plano




Aqui fica a 2ª parte da conversa que tivemos com Sofia Tavares e Ana Gabriela Flor, que fizeram parte da Equipa portuguesa do MICC 2016 na Polónia no passado mês de maio (entre 22 e 27). Nos próximos dias publicaremos em português o texto escrito em inglês por Sofia Tavares e um inquérito a Ana Margarida Neves no jornal oficial do MICC. Lembramos que, do grupo da ESAAG que foi ao MICC 2016, faziam parte ainda, para além destas três alunas, Bruno Lobão e Rodrigo Besteiro. 

-O que se pretendia mostrar com as simulações dos julgamentos do Tribunal Penal Internacional?
O objetivo principal era demonstrar como se atua, as regras e formalidades que se tem de ter em consideração num tribunal , principalmente num tribunal tão importante como o ICC (International Criminal Court), que lida com casos muito importantes quanto à violação dos direitos humanos.
-Qual foi o critério para a escolha destes casos? E como é que cada um ficou com a sua função?
Todo o processo foi desenvolvido pelos representantes do MICC em colaboração com a professora Teresa Alves e a A2IPR. 
-Como decorreu a preparação para os papéis assumidos?
Cada um dos grupos (juízes, acusação, defesa e equipa de imprensa), tinham treinadores especializados que os ajudavam com todos os materiais do caso e na forma como cada caso deveria ser tratado para uma boa prestação nas simulações. Estes treinos realizavam-se ao longo da manhã e tarde, excetuando pausas de almoço e lanche.
-O que faziam em concreto o juiz e os advogados nestes casos?
O juiz analisava o caso, tudo o que o fez gerar, e todos os prós e contras que as equipas de advogados poderiam usar para convencer os juízes. Em seguida analisava a prestação dos advogados durante o julgamento e por último realizava um texto para a decisão tomada como sentença final
-Como vos sentistes nesses papéis?
Nós sentimo-nos profissionais e pensamos que conseguimos realizar bem o trabalho que nos foi proposto e conseguimos visualizar um pouco do que cada uma dessas profissões exige, o que poderá ser uma ajuda para o futuro.
-Tínheis nos julgamentos alguma margem de autonomia ou os julgamentos já estavam escritos e o fim determinado?
Tudo era decisão dos juízes, sem qualquer influência dos treinadores ou da sentença real dada aos casos: era apenas uma decisão tomada a partir do desempenho da equipa de defesa e de acusação.
-Que balanço foi feito no final?
O balanço final foi bastante positivo. Todos aprendemos e evoluímos bastante como pessoas e a nível cultural.
-O que se disse na conferência de imprensa?
A conferência de imprensa serviu para tirar algumas dúvidas que não ficaram esclarecidas nas simulações quanto aos casos e ao veredicto final, sendo que foram colocadas algumas questões por parte da equipa de imprensa a um representante de cada equipa de cada caso. Isto para que assim fosse possível realizar um artigo sobre cada caso para o jornal do MICC, que foi apresentado no dia em que saímos de Krzyzowa.
(Imagens do MICC World Times - maio 2016)

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