segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

ANDANÇAS COM LIVROS O sexto texto AKÍ



A árvore de Natal

            Certo dia, andava eu a vaguear pela minha casa quando ouvi a minha mãe a chamar-me:

            - Miguel! Madalena! Vamos ao AKÍ que o vosso pai quer ir comprar coisas para o Páteo do Reco.

            - Espera aí mãe, deixa-me só acabar de guardar o telemóvel na bolsinha – respondi eu apressado, pois já sabia que se não fizesse em menos de cinco segundos a minha mãe punha-me de castigo.

            Estava já preparado quando a minha irmã chegou e me empurrou. Bem, o que fazer? Nada! Se ela começasse a chorar iria ficar definitivamente de castigo, portanto fiquei calado.

            Descemos o elevador retangular, entrámos no carro da minha mãe e lá nos dirigimos ao Retail Park. Mal chegámos, entrámos no AKI, o meu pai deu-me a lista de compras. Foi então que eu vi ao longo da loja: muitas prateleiras, secções infinitas, móveis luxuosos…

            Peguei no carrinho e avancei calmo e lentamente. Vi um belo “puff” e fui sentar-me. Foi aí que fiz uma asneira: dei uma cotovelada numa pequena árvore artificial de Natal que fez dominó com outras derrubando tudo. Saí dali coradíssimo. Peguei nas coisas da lista e fui ter com os meus pais, que pagaram e não deram por nada. De volta para casa disse-lhes que as árvores de Natal da loja pareciam reais. Aí a minha mãe deu meia volta e voltamos ao AkÍ. À porta disse ainda não comprámos a árvore de Natal, vamos lá escolher uma!  Entrámos e os funcionários já tinham tudo direitinho no lugar! Fiquei contente. Afinal graças ao meu desastre comprámos a árvore mais bonita que já tivemos até hoje!

Miguel Ângelo Matos, nº 18

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