terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

PERFIL DOS ALUNOS - 2 Um perfil de base humanista, salientado por Guilherme de Oliveira Martins


A “diversidade” e a “complexidade” são os fatores a ter em conta para a definição do que se deve aprender até ao 12º ano. É isto que Guilherme de Oliveira Martins (GOM), coordenador do documento PERFIL DOS ALUNOS À SAÍDA DA ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA, em discussão até 13 de março, define no Prefácio do documento como mais importante para o que os jovens devem aprender. Diante da incerteza que hoje atravessa o mundo, GOM apresenta como alvo uma espécie de homem ideal ou de homem “desejável”, que possa integrar um “equilíbrio entre o conhecimento, a compreensão, a criatividade e o sentido crítico”.
Assim, sendo a aprendizagem aquilo que distingue o desenvolvimento do atraso, importa que a aprendizagem esteja no centro do nosso sistema de ensino: “o aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a viver juntos e a viver com os outros e o aprender a ser”, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida. Têm assim tanta importância cada um dos dois polos: universal-singular, global-local, tradição-modernidade, curto prazo-longo prazo, concorrência-respeito por todos, rotina-progresso, ideias-realidade.
GOM cita Edgar Morin referindo os 7 pilares para uma cultura de autonomia e responsabilidade: "prevenção do conhecimento contra o erro e a ilusão; ensino de métodos que permitam ver o contexto e o conjunto, em lugar do conhecimento fragmentado; o reconhecimento do elo indissolúvel entre unidade e diversidade da condição humana; aprendizagem duma identidade planetária considerando a humanidade como comunidade de destino; exigência de apontar o inesperado e o incerto como marcas do nosso tempo; educação para a compreensão mútua entre as pessoas, de pertenças e culturas diferentes; e desenvolvimento de uma ética do género humano, de acordo com uma cidadania inclusiva."
O prefácio de GOM conclui dizendo que “um perfil de base humanista significa a consideração de uma sociedade centrada na pessoa e na dignidade humana como valores fundamentais”.
Prefácio e documento completo em:

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