Os regimes de gestão após o 25 de
abril de 1974 foram evoluindo adotando nomes diferentes para o cargo executivo
máximo na escola ou agrupamento. De presidente do conselho diretivo passou-se a
diretor-executivo, a presidente do conselho executivo e a diretor, designação
atualmente em vigor.
A inauguração de um novo regime de
gestão na ESAAG em 1993 com carácter de experiência-piloto no distrito teve um
começo atribulado. Depois de eleitos os elementos do Conselho de Escola em
maio-junho (uma espécie de Conselho Geral representativo da comunidade
educativa), era este que votaria os candidatos a diretor-executivo, à semelhança
do modelo atual. Em agosto, uma Comissão de Seriação ordenou os candidatos,
através da análise do projeto apresentado em entrevista e da análise do
currículo, tendo chegado à seguinte ordenação dos 3 candidatos que se tinham
apresentado: 1º António Morgado; 2º Luís Lourenço; 3º Luís Gonzaga. No entanto
o Conselho de Escola composto por 9 professores, 3 alunos, 1 trabalhador
não-docente, 2 representantes dos pais, 1 representante da autarquia,1 dos
interesses sociais e económicos e 1 dos interesses culturais (total 18) era
soberano para eleger em voto secreto o candidato que entendesse ser o melhor.
No dia 2 de setembro faz-se a eleição por voto secreto e os resultados dão como vencedor António
Morgado (9 votos), tendo Luís Gonzaga 6 votos e Luísa Lourenço apenas 2. Parecia
tudo resolvido mas afinal não. O processo enviado para a Direção Regional regressou
chumbado porque era necessário ao vencedor ter maioria absoluta sobre o total de
elementos do C. Geral (e não apenas sobre os 17 presentes, já que um faltara).
As regras da eleição no 1º, 2º e 3º escrutínio previam isto mesmo, sendo que no 4º escrutínio venceria o candidato mais votado. Eram assim necessários 10 votos
para ganhar. A segunda votação teve lugar no dia 21 de setembro. Com 17
elementos do Conselho de Escola presentes, os resultados eram
agora: António Morgado, 8 votos; Luís Gonzaga, 6 votos; Luísa Lourenço, 2
votos. Na mesma reunião procedeu-se ao terceiro escrutínio que deu o resultado de
9-7-1. Nada feito, tudo adiado. Dois dias depois decorreu a votação definitiva, em que era apenas necessária a maioria relativa, e, com 16 conselheiros
presentes, os resultados foram de 11 votos para António Morgado, 4 votos para
Luís Gonzaga e 1 voto para Luísa Lourenço.
Estava assim eleito o diretor-executivo
para 4 anos: António Morgado, de 49 anos, professor de Filosofia, casado e com 3 filhos, natural de Quinta de Gonçalo Martins. A tomada de posse foi a 14 de outubro de 1993. Para a equipa executiva entraram
três adjuntos, Ana Branco, Joaquim Igreja e Eduardo Almeida, este com o pelouro
dos Cursos Noturnos. Era esta a composição do Conselho de Escola na altura:
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