domingo, 27 de agosto de 2017

EXPRESSÃO 25 ANOS (20) A eleição do primeiro diretor-executivo, António Morgado, em 1993


Os regimes de gestão após o 25 de abril de 1974 foram evoluindo adotando nomes diferentes para o cargo executivo máximo na escola ou agrupamento. De presidente do conselho diretivo passou-se a diretor-executivo, a presidente do conselho executivo e a diretor, designação atualmente em vigor.
A inauguração de um novo regime de gestão na ESAAG em 1993 com carácter de experiência-piloto no distrito teve um começo atribulado. Depois de eleitos os elementos do Conselho de Escola em maio-junho (uma espécie de Conselho Geral representativo da comunidade educativa), era este que votaria os candidatos a diretor-executivo, à semelhança do modelo atual. Em agosto, uma Comissão de Seriação ordenou os candidatos, através da análise do projeto apresentado em entrevista e da análise do currículo, tendo chegado à seguinte ordenação dos 3 candidatos que se tinham apresentado: 1º António Morgado; 2º Luís Lourenço; 3º Luís Gonzaga. No entanto o Conselho de Escola composto por 9 professores, 3 alunos, 1 trabalhador não-docente, 2 representantes dos pais, 1 representante da autarquia,1 dos interesses sociais e económicos e 1 dos interesses culturais (total 18) era soberano para eleger em voto secreto o candidato que entendesse ser o melhor. No dia 2 de setembro faz-se a eleição por voto secreto e os resultados dão como vencedor António Morgado (9 votos), tendo Luís Gonzaga 6 votos e Luísa Lourenço apenas 2. Parecia tudo resolvido mas afinal não. O processo enviado para a Direção Regional regressou chumbado porque era necessário ao vencedor ter maioria absoluta sobre o total de elementos do C. Geral (e não apenas sobre os 17 presentes, já que um faltara). As regras da eleição no 1º, 2º e 3º escrutínio previam isto mesmo, sendo que no 4º escrutínio venceria o candidato mais votado. Eram assim necessários 10 votos para ganhar. A segunda votação teve lugar no dia 21 de setembro. Com 17 elementos do Conselho de Escola presentes, os resultados eram agora: António Morgado, 8 votos; Luís Gonzaga, 6 votos; Luísa Lourenço, 2 votos. Na mesma reunião procedeu-se ao terceiro escrutínio que deu o resultado de 9-7-1. Nada feito, tudo adiado. Dois dias depois decorreu a votação definitiva, em que era apenas necessária a maioria relativa, e, com 16 conselheiros presentes, os resultados foram de 11 votos para António Morgado, 4 votos para Luís Gonzaga e 1 voto para Luísa Lourenço.
Estava assim eleito o diretor-executivo para 4 anos: António Morgado, de 49 anos, professor de Filosofia, casado e com 3 filhos, natural de Quinta de Gonçalo Martins. A tomada de posse foi a 14 de outubro de 1993. Para a equipa executiva entraram três adjuntos, Ana Branco, Joaquim Igreja e Eduardo Almeida, este com o pelouro dos Cursos Noturnos. Era esta a composição do Conselho de Escola na altura:



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