10º A
Textos resultantes da Oficina de Escrita dinamizada por Luís Chaves e promovida pela BMEL em colaboração com a Bibl. Escolar Vergílio Ferreira em março-maio 2017 na ESAAG
Transformação livre de lendas da região da Guarda
Criação livre de frases a partir de colagem de recortes de jornal
Um aviador de
Panóias estava a meio de uma viagem quando, de repente, foi abordado por um
bando de aves. As aves pareciam muito alteradas ao ponto de começarem a
interferir no trajeto do aviador.
O homem, muito
assustado, viu-se obrigado a aterrar de emergência para tentar proteger-se.
As aves, ao
depararem-se com o sucedido, imitaram-no.
O aviador
desesperado começou a fugir o mais rápido que pôde até avistar uma igreja, para
onde entrou e rezou para que a passarada sumisse.
Quando saiu,
passadas muitas horas de reza, viu os pássaros a voarem bem longe.
Assim, o santo padroeiro da igreja passou a
chamar-se Senhor dos Aflitos.
Jéssica Vendeiro. Texto a partir
da lenda “A Alcateia de Panóias”.
Em 1963, um jovem
camponês estava a passear pelo campo quando, de repente, avista uma casa
isolada e abandonada. O jovem não teve dúvidas e dirigiu-se para lá. Quando
chegou à casa, encontrou muitos cadáveres em todos os lados, na sala, na
cozinha, no jardim, etc....
O camponês já estava
a pensar em sair de lá, pois parecia uma casa de terror, quando começou a ouvir
um barulho muito estranho no andar de cima e, como não era um jovem com
dúvidas, começou a subir as escadas. Ao chegar ao segundo andar, viu uma coisa
que nunca tinha visto na vida, um lobo no meio do quarto a dormir com muitas
moedas de ouro à volta.
Como a família do
camponês era muito pobre, ele resolveu roubar um pouco das moedas e sair de lá
rapidamente. Quando estava a sair da casa, o lobo acordou e notou que lhe
tinham roubado algumas moedas.
O lobo foi em
direção ao camponês, mas como o jovem tropeçou durante a corrida, acabou por matá-lo,
pondo o cadáver num dos cantos da sala, assim como tinha feito com todos os
outros que também lhe tentaram roubar as moedas.
Jordi Marcos. Texto a partir da
lenda “A Alcateia de Panóias”.
Era uma vez um
lobo que vivia na floresta de Panóias, com os seus amigos, numa alcateia. Certo
dia, quando regressava de ter ido buscar comida à floresta, foi encurralado por
um grupo de aldeões de Panóias, que estavam esfomeados e a sentir prazer de matá-lo.
O lobo foi a
correr para a aldeia e fechou-se numa casa onde os populares não conseguiam
entrar, acabando por ficar à porta de plantão.
O lobo encontrou
uma senhora dentro de casa, ela para salvá-lo vestiu um fato de lobo e saiu
para a rua. Os caçadores já fartos de esperar, agarraram a senhora e
levaram-na, enquanto o lobo saía pela porta das traseiras.
O animal foi a
correr para floresta, ansioso por contar aos amigos e família. Entretanto, os
caçadores confrontaram a senhora, e, furiosos, deixaram-na num local recôndito
da floresta, à espera que os lobos a comessem.
Por seu lado, a
alcateia decidiu fazer uma perseguição aos aldeões, enquanto o lobo salvava a
senhora. Todos juntos fizeram um banquete de aldeões de Panóias e mirtilos, a
senhora, naturalmente, só comeu os mirtilos.
Mais tarde,
criaram a cabana da Nossa Senhora de Paranóia, na floresta, a padroeira que
ajudava os animais.
Rita Marcos. Texto a partir da
lenda “A Alcateia de Panóias”.
Uma rapariga de
dez anos, da aldeia da Páscoa, regressava da escola, quando, de repente, foi
abordada por uma alcateia, no meio da floresta. Os lobos eram muitos e estavam
tão famintos. Assustaram de tal maneira a rapariga que esta só teve tempo de
trepar a uma árvore. Os lobos ainda tentaram subir para a apanhar, mas não
conseguiam, pois escorregavam sempre.
Passadass umas
horas, a rapariga, desesperada, começou a chorar, uma vez que os lobos
continuavam debaixo da árvore à sua espera, enquanto a mãe a esperava em casa
preocupada, pois já começava a ficar tarde.
Como não aparecia
ninguém, a rapariga fechou os olhos e pediu que os lobos se transformassem em
coelhos, uma vez que só faltavam dois dias para a Páscoa e ela só conseguia
pensar nisso.
Quando abriu os
olhos, o desejo tinha-se realizado, os lobos transformaram-se em coelhinhos
muito amorosos.
A rapariga voltou
para casa, para junto dos pais, com um coelhinho ao colo. Em honra do sucedido,
a capela da aldeia passou a chamar-se Capela dos Animais Amorosos.
Sara Marques. Texto a partir da
lenda “A Alcateia de Panóias”.
Já nos meados do
século II a.C., projetou-se algo que viria a ser um grande feito na Vila do
Carmalhão, conhecida por ser banhada pelo Rio Piolhoso, no qual “habitava” uma
população de piolhos. Não havia quem nele entrasse que não apanhasse tal peste.
Resumindo, não havia na vila quem não se coçasse.
O supremo
Carmalhoso, farto de coçar-se, engendrou algo:
- A única maneira
de acabar com a piolhice será construir uma ponte de paralelos para que
possamos entrar e sair da vila sem que tenhamos mais dois quilos de piolhos em
cima – vaticinou.
Reuniu o pessoal
especializado no fabrico do material, os denominados “Pica Pedras”, e o mestre
Tino de Rãs, pois já havia solucionado uma anterior praga de rãs do Egito. Após
a reunião, chamou Tino à parte e ofereceu-lhe uma poção que não deveria ser
utilizada antes de chegar à Barroca Funda, o local que forneceria a matéria
prima necessária. Tino pôs-se a caminho, em direção à Barroca, e quando chegou
fez como o supremo lhe havia dito e lançou a poção sobre o local. Segundos
depois, houve uma grande explosão que despedaçou a Barroca em milhares de
paralelos. Tamanha explosão provocou a infestação de piolhos no local, o que
impossibilitou o retorno de Tino à vila.
Incapaz de
retornar e cansado de se coçar, começou a cantar “Pão com manteiga”, já que há
muito tempo não comia. Tino cantava tão, mas tão mal, que os piolhos não
sobreviveram a tal poluição sonora e caíram por terra um a um.
Ao ver o sucedido, o mestre calceteiro, animado pelo fenómeno, começou a correr o mais que podia até à vila, gritando pelo auxílio dos companheiros, para finalmente darem início à construção da ponte.
Ao ver o sucedido, o mestre calceteiro, animado pelo fenómeno, começou a correr o mais que podia até à vila, gritando pelo auxílio dos companheiros, para finalmente darem início à construção da ponte.
Finalizada a
empreitada, foi batizada como a “Ponte da Fumosa Piolheira”, acabando por se
tornar num ponto de referência da vila.
Filipa Santos. Texto a partir
da lenda “A Casa Grande”.
(Frases criativas / colagens de Rita Marcos, Fátima Morgado, Rúben Abadesso, Beatriz Costa e Ana Lúcia, por esta ordem)
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