quinta-feira, 17 de agosto de 2017

OFICINA DE ESCRITA 2016/17 (6) Ainda mais lendas incríveis do 10º A

10º A
Textos resultantes da Oficina de Escrita dinamizada por Luís Chaves e promovida pela BMEL em colaboração com a Bibl. Escolar Vergílio Ferreira em março-maio 2017 na ESAAG




Transformação livre de lendas da região da Guarda
Criação livre de frases a partir de colagem de recortes de jornal

Um aviador de Panóias estava a meio de uma viagem quando, de repente, foi abordado por um bando de aves. As aves pareciam muito alteradas ao ponto de começarem a interferir no trajeto do aviador.
O homem, muito assustado, viu-se obrigado a aterrar de emergência para tentar proteger-se.
As aves, ao depararem-se com o sucedido, imitaram-no.
O aviador desesperado começou a fugir o mais rápido que pôde até avistar uma igreja, para onde entrou e rezou para que a passarada sumisse.
Quando saiu, passadas muitas horas de reza, viu os pássaros a voarem bem longe.
 Assim, o santo padroeiro da igreja passou a chamar-se Senhor dos Aflitos. 
Jéssica Vendeiro. Texto a partir da lenda “A Alcateia de Panóias”.


Em 1963, um jovem camponês estava a passear pelo campo quando, de repente, avista uma casa isolada e abandonada. O jovem não teve dúvidas e dirigiu-se para lá. Quando chegou à casa, encontrou muitos cadáveres em todos os lados, na sala, na cozinha, no jardim, etc....
O camponês já estava a pensar em sair de lá, pois parecia uma casa de terror, quando começou a ouvir um barulho muito estranho no andar de cima e, como não era um jovem com dúvidas, começou a subir as escadas. Ao chegar ao segundo andar, viu uma coisa que nunca tinha visto na vida, um lobo no meio do quarto a dormir com muitas moedas de ouro à volta.
Como a família do camponês era muito pobre, ele resolveu roubar um pouco das moedas e sair de lá rapidamente. Quando estava a sair da casa, o lobo acordou e notou que lhe tinham roubado algumas moedas.
O lobo foi em direção ao camponês, mas como o jovem tropeçou durante a corrida, acabou por matá-lo, pondo o cadáver num dos cantos da sala, assim como tinha feito com todos os outros que também lhe tentaram roubar as moedas.
Jordi Marcos. Texto a partir da lenda “A Alcateia de Panóias”.


Era uma vez um lobo que vivia na floresta de Panóias, com os seus amigos, numa alcateia. Certo dia, quando regressava de ter ido buscar comida à floresta, foi encurralado por um grupo de aldeões de Panóias, que estavam esfomeados e a sentir prazer de matá-lo.
O lobo foi a correr para a aldeia e fechou-se numa casa onde os populares não conseguiam entrar, acabando por ficar à porta de plantão.
O lobo encontrou uma senhora dentro de casa, ela para salvá-lo vestiu um fato de lobo e saiu para a rua. Os caçadores já fartos de esperar, agarraram a senhora e levaram-na, enquanto o lobo saía pela porta das traseiras.
O animal foi a correr para floresta, ansioso por contar aos amigos e família. Entretanto, os caçadores confrontaram a senhora, e, furiosos, deixaram-na num local recôndito da floresta, à espera que os lobos a comessem.
Por seu lado, a alcateia decidiu fazer uma perseguição aos aldeões, enquanto o lobo salvava a senhora. Todos juntos fizeram um banquete de aldeões de Panóias e mirtilos, a senhora, naturalmente, só comeu os mirtilos.
Mais tarde, criaram a cabana da Nossa Senhora de Paranóia, na floresta, a padroeira que ajudava os animais.
Rita Marcos. Texto a partir da lenda “A Alcateia de Panóias”.


Uma rapariga de dez anos, da aldeia da Páscoa, regressava da escola, quando, de repente, foi abordada por uma alcateia, no meio da floresta. Os lobos eram muitos e estavam tão famintos. Assustaram de tal maneira a rapariga que esta só teve tempo de trepar a uma árvore. Os lobos ainda tentaram subir para a apanhar, mas não conseguiam, pois escorregavam sempre.
Passadass umas horas, a rapariga, desesperada, começou a chorar, uma vez que os lobos continuavam debaixo da árvore à sua espera, enquanto a mãe a esperava em casa preocupada, pois já começava a ficar tarde.
Como não aparecia ninguém, a rapariga fechou os olhos e pediu que os lobos se transformassem em coelhos, uma vez que só faltavam dois dias para a Páscoa e ela só conseguia pensar nisso.
Quando abriu os olhos, o desejo tinha-se realizado, os lobos transformaram-se em coelhinhos muito amorosos.
A rapariga voltou para casa, para junto dos pais, com um coelhinho ao colo. Em honra do sucedido, a capela da aldeia passou a chamar-se Capela dos Animais Amorosos.    
Sara Marques. Texto a partir da lenda “A Alcateia de Panóias”.

Já nos meados do século II a.C., projetou-se algo que viria a ser um grande feito na Vila do Carmalhão, conhecida por ser banhada pelo Rio Piolhoso, no qual “habitava” uma população de piolhos. Não havia quem nele entrasse que não apanhasse tal peste. Resumindo, não havia na vila quem não se coçasse. 
O supremo Carmalhoso, farto de coçar-se, engendrou algo: 
- A única maneira de acabar com a piolhice será construir uma ponte de paralelos para que possamos entrar e sair da vila sem que tenhamos mais dois quilos de piolhos em cima – vaticinou.  
Reuniu o pessoal especializado no fabrico do material, os denominados “Pica Pedras”, e o mestre Tino de Rãs, pois já havia solucionado uma anterior praga de rãs do Egito. Após a reunião, chamou Tino à parte e ofereceu-lhe uma poção que não deveria ser utilizada antes de chegar à Barroca Funda, o local que forneceria a matéria prima necessária. Tino pôs-se a caminho, em direção à Barroca, e quando chegou fez como o supremo lhe havia dito e lançou a poção sobre o local. Segundos depois, houve uma grande explosão que despedaçou a Barroca em milhares de paralelos. Tamanha explosão provocou a infestação de piolhos no local, o que impossibilitou o retorno de Tino à vila.
Incapaz de retornar e cansado de se coçar, começou a cantar “Pão com manteiga”, já que há muito tempo não comia. Tino cantava tão, mas tão mal, que os piolhos não sobreviveram a tal poluição sonora e caíram por terra um a um.
Ao ver o sucedido, o mestre calceteiro, animado pelo fenómeno, começou a correr o mais que podia até à vila, gritando pelo auxílio dos companheiros, para finalmente darem início à construção da ponte. 
Finalizada a empreitada, foi batizada como a “Ponte da Fumosa Piolheira”, acabando por se tornar num ponto de referência da vila.
Filipa Santos. Texto a partir da lenda “A Casa Grande”.
(Frases criativas / colagens de Rita Marcos, Fátima Morgado, Rúben Abadesso, Beatriz Costa e Ana Lúcia, por esta ordem)

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