Natércia Monteiro, professora de Inglês da ESAAG, com 50 anos, lança este sábado,dia 16 de junho, às 16 horas, na BMEL, a obra "Muros - Contos e Sabores da Aldeia". Para conhecermos melhor a obra, fomos falar com a autora.
Qual é o tema desta obra? Porque lhe deu o
título MUROS?
Esta obra versa sobretudo sobre os laços de Amor e
Amizade estabelecidos num local muitíssimo especial. Ao mesmo tempo é revelado
muito sobre esse ambiente, não se descurando toda a envolvência no espaço e no
tempo. É também uma homenagem às minhas origens e a todos os que participaram
no meu processo de crescimento.
O titulo MUROS surgiu muito naturalmente. Na
aldeia de Monsanto a pedra é o elemento preponderante na paisagem e com ela se
constroem muros. Na minha vida nesta aldeia onde eu passava as minhas férias
havia sempre um muro, onde eu me sentava e via ou fazia a vida acontecer...
É Monsanto o centro do texto?
Sim, Monsanto é o centro do texto, especialmente
enquanto ponto de encontro da família e dos amigos, enquanto local que promove
e testemunha o mais importante que há nesta vida, a relação entre as pessoas.
Monsanto é único e mágico! Ali paramos no tempo,
as nossas necessidades parecem de repente ficar estritamente ligadas à
natureza. Não cabe numas meras linhas a explicação do que se sente ao respirar
o ar, ao olhar a paisagem e ao experienciar todos os pormenores que se prendem com o local. É também uma
aldeia de grande riqueza histórica, como aliás tem sido reconhecido amiúde.
Podemos chamar-lhe um livro de memórias ou um
livro autobiográfico?
De Memórias.
Em primeiro lugar, eu não fiz algo de tão extraordinário assim que me
leve a escrever uma autobiografia, em segundo, aquilo de que falo prende-se com
memórias individuais mas também coletivas, por vezes até com a minha memória
sobre as memórias de alguém.
É a sua primeira experiência de escrita? O que
tinha escrito até agora?
É o primeiro livro que escrevo. Até então escrevi apenas
cartas, bilhetes, dedicatórias... e pelo meio anotei alguns pensamentos,
reflexões sobre a vida, sobre momentos e sentimentos. Papéis que tenho na
gaveta.
Que lugar tem a escrita na sua vida? Anda a
escrever alguma coisa?
Sem dúvida que a escrita tem um lugar importante
na minha vida. Sempre gostei de escrever, adorava fazer as redações que me
pediam na escola. Sobretudo sinto que é um processo de autorreflexão, é um
desabafo, é comunicação e também é criatividade. Ando a escrever algo... mas é
surpresa.
Quem vai apresentar a obra no dia 16?
Três pessoas especiais na minha vida. Sara
Oliveira, que é minha prima e que foi acompanhando o processo de escrita. A
Sara conhece tão bem esta aldeia quanto
eu. Maria Manuel Polme, professora de Português, minha amiga de longa data e
revisora deste livro. Inês Monteiro, a minha irmã, que está por dentro de todos
os pormenores que envolveram este processo e que é um dos testemunhos mais
jovens dos dias aqui representados.
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