"O Bem e
o Mal" é um dos livros mais levezinhos e mais "românticos" de
Camilo Castelo Branco. Românticos no sentido daquele idealismo que nos leva a
acreditar que o Bem vencerá e que há pessoas boas e que o Bem é capaz de
vencer. Os maus aqui são irremediavelmente maus e os bons invariavelmente bons.
O livro, refere Camilo no prefácio, dedica-o ele ao padre António de Azevedo,
que lhe deu instrução quando era miúdo ali ao lado de Vila Real e que lhe
deixou ler As Viagens de Ciro, o Teatro dos Deuses, Os Lusíadas e a As
Peregrinações de Fernão Mendes Pinto. Aquele que lhe disse um dia: "O
tempo há de fazer de você alguma coisa".
O livro "O Bem e o
Mal" situa a ação entre Pinhel e Coimbra e a história cativa-nos e
prende-nos sem dificuldade. A obra era uma das recomendadas pelos programas de
Português nos longínquos anos 50 do século XX. Veja aí na estante a coleção
esquecida do Camilo e veja se lá está este. Passe bem o tempo.
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