terça-feira, 9 de junho de 2020

A PROPÓSITO DAS REFLEXÕES D'OS LUSÍADAS (3) A visão da Margarida Mendes


Os alunos do 10º B e D aceitaram escrever sobre aquilo que levaria hoje em Portugal a uma nova epopeia. Ora leiam o terceiro texto, da Margarida Mendes.

A liberdade
Nos últimos séculos, muitos têm sido os grandes e gloriosos feitos dos portugueses; mas há um que, na minha opinião, é um dos mais importantes, uma vez que representa um grande marco na história de Portugal, porque veio alterar o nosso país por completo: o dia que levou à liberdade de uma nação.
Frequentemente, ouço os meus avós comentar que, na madrugada do 25 de Abril de 1974, quando acordaram e ligaram o rádio, perceberam que aquele era o primeiro dia da sua nova vida. Antes deste acontecimento, não havia liberdade de expressão, não se podendo falar mal do governo, nem dar uma opinião contrária; músicas, notícias, livros e desenhos tinham que passar pelo rigoroso lápis azul; os rapazes e as raparigas não podiam andar juntos e eram obrigados a usar fardas; nem todos tinham o direito ao voto (no caso das mulheres, só o poderiam fazer cumprindo regras específicas); não podia haver grupos de mais de três pessoas nas ruas.  Assim, este golpe militar mudou drasticamente a sociedade e o Estado.
Uma das razões pelas quais dou mais valor a este dia é pelo facto de se ter tratado de uma revolução diferente de todas as outras, pois ocorreu de uma forma pacífica, demonstrando, deste modo, os grandes valores dos portugueses. No entanto, creio que a liberdade de que hoje usufruimos nunca foi tão valorizada como nos últimos dias, uma vez que, de um momento para o outro, fomos privados de sair de casa e de fazer a nossa rotina.
Na minha opinião, por causas diferentes, estamos a sentir aquilo a que, naquela época de privações e obrigações, as nossas famílias estavam sujeitas.
Margarida Mendes, 10ºB

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