terça-feira, 27 de outubro de 2020

CRÓNICA DE MARIA CHAGAS Mil vidas antes de morrer


 

“Um leitor vive mil vidas antes de morrer. O homem que nunca lê vive apenas uma” – George R. R. Martin 

Desde criança, ler sempre foi um dos meus passatempos preferidos. Felizmente, a minha mãe, que é também uma leitora assídua, procurava que eu entrasse no mundo da leitura e aconselhava-me diferentes livros, que foram “a base” desta minha adoração. Recordo-me de folhear livros de fantasia, nos meus primeiros anos de escola, e de tentar imitar as personagens, como se fossem o meu Modelo – sentia que, ao conhecer estas pessoas imaginárias, elas se tornavam parte da minha vida. Uma coleção que eu adorava era “As gémeas”, da Enid Blyton, e eu sonhava que, quando crescesse, viveria as mesmas aventuras que elas.

Outra saga, que li mais recentemente, e que me marcou para a vida foi “Harry Potter”: o caráter das personagens, a descrição dos lugares e os mistérios e a magia da obra levaram-me a acabar os sete livros em menos de meio ano. Li, de novo, a saga ao meu irmão mais novo, que não dominava ainda a arte de juntar letras, e ele juntou-se a mim neste fanatismo.

Atualmente, tenho lido mais livros “singulares”, no entanto, não é o facto de a história se condensar numa obra só, que afeta o sentimento de “viver mil vidas antes de morrer”.

E é, sobretudo, por esta sensação, que não acredito que haja pessoas que não gostem de ler; podem ainda não ter encontrado o livro ou autor certo - aquele que nos motiva a ler 500 páginas num dia -, pois acho impossível não se apreciar a maravilha que um livro é. Pessoalmente, espero ler muitos mais livros, viajar para muitos mais lugares e viver muitas mais peripécias enquanto estou sentada, no meu quarto, a viver “mil vidas” diferentes (e não minhas) “antes de morrer”.

Maria Chagas, 11º D

0 comentários :

Enviar um comentário

Os comentários anónimos serão rejeitados.