Marta Nunes, 46 anos, cientista da Guarda que trabalha numa Unidade de Investigação de Doenças Infectocontagiosas num hospital de Joanesburgo, deu hoje uma entrevista ao Grupo de Emergência da Guarda, de Pedro Pinto, no Facebook. Andou aqui na ESAAG há cerca de 30 anos, tendo passado também por Paris e Nova Iorque.
Ao longo da entrevista refere que atualmente lidera estudos sobre os factores de risco da
COVID-19 em certos grupos de população (por exemplo, profissionais de saúde,
mulheres grávidas, obesos, etc.). Na África do Sul ainda só estão a vacinar os
profissionais de saúde, utilizando a vacina da Johnson & Johnson. Na África
em geral as taxas de COVID-19 são mais baixas que na Europa, supostamente por
uma predisposição genética, pelo contacto anterior dos africanos com outros
coronavírus e pelo facto de a população africana ser mais jovem. A pandemia,
considera Marta Nunes, mais ano menos ano, era previsível, tendo em conta a
mobilidade das pessoas e o conhecimento do funcionamento dos (corona)vírus. Não
acredita no vírus nascido em laboratório, acreditando mais na passagem de um
animal a um humano, sendo a evolução natural de um vírus, acumulando mutações. Vacinar
para já é o mais fundamental, para além das regras de etiqueta.
Voltar para Portugal? Pensa que sim, mas não para breve.
Antes de ver a entrevista no Facebook, veja esta carta que escreveu do Instituto Pasteur de Paris ao EXPRESSÃO em 2004, com 29 anos.
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