Foi muito esclarecedor o webinar dedicado à Violência no Namoro realizado hoje, 4 de março, na Internet e organizado pela Associação de Estudantes do AEAAG em colaboração com a APAV (Assoc. Apoio à Vítima). Na sessão, que teve lugar às 18 horas, participaram cerca de 30 alunos, tendo a sessão sido orientada pelas técnicas Inês André e Daniela Castanheira, da APAV-Coimbra.
Ao longo de cerca de uma hora a conversa orientou-se para os sinais de violência no Namoro que podem ajudar os jovens a reconhecer comportamentos enviesados dos parceiros, as cautelas a ter e as fases de evolução do fenómeno no relacionamento do casal ou par, habitualmente de progressivo aumento da violência e de maior repetição das agressões físicas ou psicológicas. Pelo meio há ciclicamente reconciliações efémeras.
Para aqueles que consideram que são casos raros, as técnicas
referiram um estudo que refere que um quarto dos jovens que namoram já foram
molestados pelos(as) namorados(as). A violência pode ser física ou psicológica,
com agressões, pressões para atos sexuais, intromissão em assuntos pessoais ou pressões para
abandonar certas companhias desaprovadas pelo parceiro. As razões para a
violência no namoro são ciúmes, inseguranças, tendências maníacas, a própria
educação do agressor. As consequências para o(a) agredido(a) são, para além das
lesões físicas, situações como gravidez não desejada, estados de ansiedade, tendência para o
isolamento, perda de sono, etc. A razão de não haver muitas queixas é às vezes
a vergonha, outras vezes o desconhecimento, o isolamento ou, outras vezes, a
esperança na mudança dos comportamentos do parceiro.
A violência doméstica e no namoro é
um crime público e qualquer pessoa o pode denunciar à polícia. O melhor no
princípio por parte do agredido é pedir ajuda a alguém adulto (amigo, familiar,
professor) e, caso não se veja solução, denunciar à polícia. A APAV tem na
Internet uma página muito interessante com uma secção dedicada aos jovens.
Aproveita para saber mais sobre este tema.
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