Jean de la Fontaine |
Jean de la Fontaine, escritor francês do
séc. XVII, foi um dos mais conhecidos fabulistas através da História. Escreveu
também narrativa, poesia e teatro mas foi com as fábulas que ganhou
notoriedade. As suas fábulas mais conhecidas, algumas delas baseadas nas de
Esopo, são A Lebre e a
Tartaruga, O Leão e o Rato, O Lobo e o Cordeiro, A Cigarra e a Formiga e O
Corvo e a Raposa. Quase sempre a conclusão das suas fábulas é amarga: os maus, fortes, astutos
ou violentos é que vencem, o que indicia a crítica à sociedade da sua época.
Muitos escritores de língua portuguesa traduziram as
suas fábulas, tais como Bocage, João de Deus, Machado de Assis ou Teófilo
Braga.
A fábula "O Leão e o Rato"
Um dia a peste abateu todos os animais. Os que sobreviveram reuniram-se em
assembleia, presidida pelo Rei Leão, a fim de encontrarem uma solução para o
grave problema.
Sua majestade propôs que todos confessassem seus crimes, e que o mais
culpado fosse sacrificado aos céus para afastar a peste.
Para dar o exemplo, o soberano da selva confessou que devorara muitos
carneiros, chegando até a banquetear-se com um pastor.
Mas a Raposa interveio: “Ora, Majestade, matar carneiros não é crime”.
Todos aplaudiram, concordando com a raposa.
As confissões se seguiram, sempre achando desculpas que transformavam os
crimes em boas ações. Até que chegou a vez do Asno: “Senhor, eu comi muitas
vezes a erva dos prados”.
A assembleia se levantou irada: “Comeu a erva dos prados?! Mas que horror!
Então é por este crime que estamos pagando. Morte ao malvado!” E o Asno foi
sacrificado.
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