terça-feira, 31 de maio de 2022

A 18 DE MAIO NO AUDITÓRIO DO IPG Os nossos alunos do 10º G debateram com especialistas Mobilidade sobre Rodas

 




 “Mobilidade sobre Rodas” foi o tema para um debate, organizado pela CERCI Guarda, que teve lugar no auditório do Instituto Politécnico, no passado dia 18 de maio. O objetivo era sensibilizar a comunidade local para as barreiras que as pessoas com dificuldades motoras encontram na cidade da Guarda, bem como apontar alguns caminhos que possam contribuir para a inclusão de todos. A mesa foi composta pelo moderador, Luís Baptista-Martins, diretor do Jornal O Interior, Amélia Fernandes, vice-presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Brigas, presidente do IPG, a Paula Machado, responsável da CERCI Guarda e Fernando Correia, utente da CERCI e mentor da iniciativa. Entre os convidados e oradores estiveram presentes alunos e professores do IPG, utentes e funcionários da CERCIG e alunos e professores da Escola Secundária Afonso de Albuquerque, nomeadamente a turma do 10.º G, no âmbito da área disciplinar de Cidadania e Desenvolvimento.

Entre os oradores salientam-se as intervenções das alunas Gabriela Rocha, da turma do 10.º G, e a Ana Carolina Silva, da turma do 7.º H, do nosso agrupamento de escolas, que falaram da sua experiência pessoal. Neste âmbito, a Gabriela enumerou as muitas barreiras físicas com que diariamente se debate ao deslocar-se em cadeira de rodas na cidade e que a impedem de usufruir de muitos espaços públicos que deveriam ser para todos. Referiu que há edifícios públicos que ainda não estão adaptados para pessoas como ela, dando como exemplo o edifício do IPDJ. No que se refere à escola frisou que, embora esteja dotada de equipamentos e infraestruturas, ainda há pequenas melhorias que podem ser realizadas em termos de acessibilidade a alguns espaços específicos, como por exemplo às salas de informática. Já fora da escola, a vida complica-se mais. Sempre que quer confraternizar com os colegas (ir a um bar ou restaurante ou só mesmo até ao jardim, por exemplo) tem de contar com a boa vontade dos colegas para a ajudarem. Quase sempre, hesita e sente-se um “fardo” para eles sempre que aceita ir com os colegas a algum lado.

A solidariedade esteve sempre presente no discurso da maioria das intervenções, tendo-se concluído que ninguém deveria ser obrigado a agradecer para entrar em espaços que são de e para todos! Ainda há muito para fazer na cidade da Guarda nesse sentido. Da Câmara, ficou a certeza de uma reflexão mais profunda sobre este tema em todas as intervenções e obras da sua responsabilidade para melhorar as acessibilidades. Do Politécnico a garantia de afetação dos seus recursos humanos e técnicos sempre que solicitados para contribuir para a melhoria da vida destes cidadãos.

Ficou, ainda, bem evidente que este tema requer máxima atenção de todos. Afinal, qualquer um de nós pode, em qualquer instante da vida, ver-se condicionado em termos de mobilidade, conforme as palavras emocionadas do moderador, ao falar de si próprio. 

A turma do 10.ºG do AEAAG

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