Os vampiros atuais
Texto escrito
inspirado na música
“Os vampiros” de Zeca Afonso.
A letra da música sublinha
a mediocridade das
campanhas eleitorais em Portugal, de como muita vez os políticos se aproveitam
da ignorância da população, e da
pouca seriedade com que as eleições são encaradas.
Os
vampiros atuais
não andam mascarados, saem em campanha
fica já avisado.
De
terra em terra,
de boca em boca
prometem
estrategicamente saúde,
livros e uma toca.
Com muito bem falar,
num lindo arranjo planeado,
convencem a velhota
a
fazê-lo o coroado.
Uma selfie e um beijinho
já veem nele um queridinho
“Quem mais merece o poder sem ser este menino?”
E
é este o nosso Portugal, é tudo um festival…
Sem um pingo de seriedade, fazem disto a realidade…
População envelhecida, e o jovem a emigrar… afinal o mestrado
há-de lhe servir em algum lugar.
E como comando disto tudo não está nas mãos do futuro,
rege-os quem cá fica
e
é tratado como entulho.
E o político aproveita-se da falta de informação,
e é marcado outro voto vindo sem compreensão.
No tal dia X, na hora H,
na
tão esperada eleição
descobre-se a verdade e metade é abstenção.
E
é este o nosso Portugal,
é tudo um festival…
Sem um pingo de seriedade, fazem disto a realidade…
E
aquelas urnas rasas
em boletins pra votar
Aquelas
que deviam abrir novos caminhos,
Novas oportunidades, um novo olhar,
Serão as urnas que carregarão as
cinzas
Daquilo que foi um país junto
ao mar
Enterradas na cova da memória
Dos que lutaram para Portugal se chamar.
E
é este o nosso Portugal,
é tudo um festival…
Sem um pingo de seriedade, fazem disto a realidade…
Ana Rita Pereira Carvalho
10ºC
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