"Observação de xistos, xistos
mosqueados, xistos luzentes, dobras ...
A formação dos metassedimentos
envolventes do maciço granítico que constitui a Serra da Estrela, deve-se à
deposição de areias e rochas muito finas em ambiente marinho. Estes sedimentos
ter-se-ão depositado em zona de talude, tratando-se assim, de sedimentos
turbidíticos, que deram posteriormente origem a xistos. O mar em que terá
ocorrido essa deposição existiu durante o Pré-Câmbrico-Câmbrico.
Da subsidência resultante da
deposição dos sedimentos originaram-se magmas ácidos, aos quais se deve a
formação do maciço granítico. Os granitos cristalizaram em zona de
cizalhamento, a cerca de 4 km de profundidade e instalaram-se há ~300-310 Ma.,
sendo portanto de idade hercínica, já numa fase tardia (F3).
Desde então ocorreu uma delaminação
superficial dos metassedimentos, por efeitos erosivos, que deixou a descoberto
os granitos. No entanto, todo este processo foi sendo acompanhado pelas últimas
ações da orogenia Hercínica, que causaram a fraturação do maciço granítico.
Mais tarde, inicia-se novo ciclo
orogénico, o ciclo Alpino, originando dobramentos que se traduziram no
levantamento de cadeias de montanhas. Durante este ciclo ocorre na Península
Ibérica uma reativação daquelas falhas antigas e toda a Cordilheira Central
se levanta. Este levantamento é feito em degraus, formando um conjunto de
patamares a vários níveis.
Durante o Paleolítico superior, a
glaciação Wurmiana cobriu os altos cimos da Serra, permitindo que algumas das
línguas glaciárias se instalassem em vales tectónicos de idade mais remota."
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