A imagem do ensino público não universitário é terrível no que respeita às idades dos professores. No ano de 2014/15 só 0,4% dos docentes do ensino básico e secundário (ou seja 451 no total) tinham menos de 30 anos. Entre 30 e 39 anos eram 17,1% (18.977 no total). De 40 anos para cima, são mais de 82% do total, ou sejam 39,2% entre 40 e 49 anos (43.496) e 43,3% de 50 para cima (47.886). Estes dados são disponibilizados pelo site da Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência. Entretanto entre 2005 e 2015 o número de alunos baixou em 5%, tendo o número de professores baixado em 24%, fruto de várias reformas no sector.
Que análise é possível fazer destes números? Em primeiro lugar que a situação é desequilibrada, não beneficiando nem professores nem alunos. Se os professores ganharam experiência e "calo", perderam também frescura e capacidade de aceitar a mudança, sendo também mais difícil dialogar com as novas gerações e perceber os seus comportamentos. Não esqueçamos que o sistema educativo é um nunca parar de constantes alterações que fazem a cabeça em água ao corpo docente. E se falarmos da evolução tecnológica, então a renovação que se exige é muitas vezes impossível, fruto de alguma inadequação à aceleração imprimida pelas novas tecnologias de informação. O sistema educativo perde também com isso.
Entretanto a queda da natalidade levou também a um menor número de alunos, o que corresponde a uma menor necessidade de professores. O pico de alunos do ensino básico foi atingido em 2008/09 e o do ensino secundário em 2009/10. Com a reforma aos 66 anos e dois meses de idade, a situação vai-se manter por alguns anos.
Entretanto a queda da natalidade levou também a um menor número de alunos, o que corresponde a uma menor necessidade de professores. O pico de alunos do ensino básico foi atingido em 2008/09 e o do ensino secundário em 2009/10. Com a reforma aos 66 anos e dois meses de idade, a situação vai-se manter por alguns anos.
(Fonte: DGEEC)
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