Adelaide Mariano, coordenadora das Bibliotecas do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, responde hoje à nossa pergunta: como acede à atualidade?
Já lá vão 36 anos que o acesso à
informação passou a fazer parte de uma das minhas necessidades diárias.
Outrora, existia menos informação e a que havia era mais “filtrada”. No
entanto, também existiam menos recursos para se lá chegar. Hoje somos invadidos
de informação e de canais que nos levam até ela. O importante mesmo é separar o
“trigo do joio” e é aí que entramos no mundo da confusão. O que é hoje já não o
é amanhã e o tempo real não nos permite “correr” no mundo da informação ao
ponto de estarmos sempre “bem informados”. Todos os dias leio em papel, ouço ou
vejo TV e acedo à Internet mas, a verdade é que nunca me sinto verdadeiramente informada.
A sede de audiências dos canais de televisão leva-os a oferecerem-nos as tão
faladas “notícias de última hora” que não saem disso ao longo do dia ou até
mesmo da semana. Assim, como cidadã preocupada, procuro sempre confirmar uma
informação sem a validar como fidedigna no momento em que tenho acesso a ela.
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