Os Direitos Humanos são o alicerce do Mundo
Livre. Intrínsecos e alienáveis ao ser humano, consagram a Humanidade e
Dignidade de cada indivíduo.
Nem sempre foram, e infelizmente, são uma
garantia do Homem.
Surgem com a Revolução Gloriosa (1668),
ideias novas, que justificam o Estado e a sua criação no povo e a sua
representação, ao invés de um despotismo de um monarca “escolhido por Deus”, e
mais tarde a Revolução Francesa (1789) consagra essas ideias, abrangendo todos
os cidadãos (ou quase).
Fundamenta-se a Humanidade e a Sociedade em 3
palavras “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, e ao longo do tempo essa será a
luta do Homem.
Surge o Estado Liberal, é uma reação ao poder
despótico de outrora, defende a separação dos poderes, a Lei como Ordem
Suprema, e protegem-se os Direitos Individuais dos Cidadãos (Direitos de 1ª
Geração). Aplica-se o Contratualismo de Hobbes, Locke, Rousseau. Consagra-se a
Liberdade.
Ideias como Iluminismo, Positivismo e a
preocupação com a realidade social, fazem o Estado Liberal avançar. O Homem
preocupa-se com a Igualdade. Frentes Populares, Estados Republicanos (caso
Português), Estados Socialistas e o Estado de Previdência Norte-Americano criam
os Direitos de 2ª Geração. É garantido o acesso à saúde, à Educação e os
trabalhadores lutam pelos seus direitos.
Na sequência do que, para muitos, foi o maior
ataque aos Direitos e à própria Humanidade, é elaborada a Declaração Universal
dos Direitos Humanos, agora celebrada no dia 10 de dezembro. Finalmente, só em
1948, centenas de anos depois do início deste processo, o Homem consegue
garantir e aceitar a Fraternidade. A Descolonização é consequência do Direito à
Autodeterminação, o Direito à Paz e de Cultura trazem grandes avanços sociais,
é aí que Martin Luther King fundamenta a sua luta. São os Direitos de 3ª
Geração. Anote-se que finalmente surgem direitos para as crianças…
E em Portugal? Bem, uma flor e a vontade de
um povo oprimido cria um novo Estado em 1974.
A Constituição de 1976 anuncia o Estado
Democrático de Direito, um estado social e interventivo, protetor da Lei, da
Segurança e do Indivíduo.
Mas nem todos os países são como o nosso. Em
pleno século XXI, ainda vemos barbaridades por toda a parte, opressão, censura
e violações graves da Dignidade Humana. Observamos, infelizmente, que o
Tribunal Internacional de Justiça e a Organização das Nações Unidas, apesar de
todo o seu poder, não conseguem dar aos cidadãos do Mundo três simples
palavras.
Aproveitemos, então, este dia para refletir,
para pensar no outro e na Humanidade em geral. Pois não será o nosso pensamento
a maior Liberdade?
Rodrigo Pires Besteiro (12ºG)
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