O II Encontro Nacional de Educação para os Media teve lugar este sábado, dia 21, na Escola Sec. Ferreira de Castro, em Oliveira de Azeméis. A EpM é uma das áreas mais importantes da atividade dos professores Bibliotecários e da Educação para a Cidadania nas escolas. Na verdade, a aquisição de competências nas áreas tecnológicas necessita de um acompanhamento na aquisição de competências de compreensão dos media que veiculam o mundo. De tal modo que os jovens se adaptem ao mundo, saibam falar as novas linguagens e sejam moderados e cuidadosos no manejo dos novos instrumentos de comunicação que têm ao seu alcance.
Algumas notas como linhas das apresentações:
1.Considerou-se fundamental continuar a formação dos professores na educação para os media, investindo na multiplicação de ações que abranjam a generalidade dos docentes das escolas. Diante de uma falta de linha política nesta área, o envolvimento dos professores tem sido até agora fruto de algum voluntarismo.
2.A área de Educação para os Media deve articular-se com as TIC e enquadrar-se como uma das dimensões importantes da Educação para a Cidadania. Desenvolver a capacidade de comunicação dos alunos deve caminhar ao lado do desenvolvimento das capacidades críticas dos alunos face à informação e aos media e à adoção de uma postura ética na leitura e elaboração de conteúdos nos media.
3.A recente Deliberação da Comissão Nacional de Proteção de Dados foi também abordada no Encontro. Diante dos projetos ligados aos media atualmente em desenvolvimento nas escolas, esta Deliberação, ao impedir a publicação de imagem, som e informação sobre alunos na Internet, constitui um "pauzinho na engrenagem", diante do qual é necessário agir "com equilíbrio", não caindo em excessos mas também não matando o sentido educativo do ato de utilizar os media em contexto real. Uma petição dirigida à CNPD foi assinada pelos presentes no sentido de uma compreensão por parte da Comissão do carácter muito particular dos projetos mediáticos das escolas e no sentido de alterar e suavizar o sentido da Deliberação.
4.Uma nota interessante é ver como os jornais escolares passaram a ser substituídos pelas rádios escolares, TV escolares e blogues /sites. As escolas em que as TV apareceram são sobretudo aquelas que têm cursos profissionais de multimedia ou semelhantes, sendo necessários muitos meios tecnológicos e sobretudo equipas de alunos e professores com disponibilidade temporal para estarem prontos a cobrir os acontecimentos da escola e fazer depois o trabalho de edição de texto e imagem. O que é difícil nas outras.
Para o ano há mais.
Joaquim Igreja
(professor bibliotecário e coordenador do Blogue EXPRESSÃO,
que representou o AEAAG no Encontro)
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