terça-feira, 31 de outubro de 2017

TEXTO DE REFLEXÃO DE ANTÓNIO SILVA As bibliotecas são como aeroportos


As bibliotecas são como aeroportos (Valter Hugo Mãe)

Tal como os aeroportos são locais de descolagem de pessoas, locais de onde partem e se concretizam muitos sonhos e aspirações, uma biblioteca é um lugar de onde partem os grandes pensadores e os grandes pensamentos, fruto de dedicação e discernimento, capacidade e disposição, e não de caráter fortuito.
As bibliotecas são o cerne do conhecimento e o espectro da evolução, não só do aspeto científico como do pensamento e do raciocínio através dos tempos.
Os livros são uma forma quase material do conhecimento, ímanes capazes de reter toda a informação que deriva pelo universo espacial do conhecimento que é a biblioteca. São algo de único, a base da sociedade, uma vez que é a partir deles que nos formamos enquanto seres unos, ou a partir dos quais o deveríamos ser, fomentando e consolidando as nossas escolhas e decisões perante a sociedade, amadurecendo o nosso espírito crítico e a nossa conduta moral.
É o livro o responsável por desenvolver as sociedades e fazê-las fluir, dado que este também se encontra na base das instituições.
A minha relação com os livros é uma relação de condescendência, perdão e respeito, mesmo que eles me desiludam. Ou porque não eram o que eu esperava ou por qualquer outro motivo, coloco-os de lado, mas sempre com uma pequena e leve esperança de os ler mais tarde, de os compreender quando for possível ou quando eles decidirem que é a hora de me encontrar, já que em certos momentos encontro um livro, ou é ele que me encontra a mim, que queria mesmo ler e aparecerá totalmente por acaso.
Penso que talvez essa esperança, que vagueia pelo profundo e insondável do pensamento, esteja intimamente relacionada com o facto de cada livro representar e encarnar um mundo completamente diferente daquilo a que estamos acostumados. O próprio ser humano é um universo particular e distinto e, tal como o livro, deve ser compreendida cada faceta, não só do seu imaginário como do mundo real.

António Silva, 11º E, nº 6

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