Evaristo Branquinho nasceu em 1953 em Videmonte (Guarda), onde fez a escola primária. Aos 13 anos foi para Lisboa, tendo sido sucessivamente marçano, trabalhador na indústria hoteleira, padeiro, fabricante de estatuetas e quinquilharias. Foi ativista e dirigente na JOC - Juventude Operária Católica e na Base-FUT (Centro de Cultura Operária). Foi sócio fundador do CFTL - Centro de Formação e Tempos Livres em Coimbra. Foi ainda dirigente sindical da CGTP e fez parte da sua bolsa de formadores. É licenciado em Contabilidade e Administração e em Ciências Jurídicas Económicas pela Universidade Lusófona.
O livro DESASSOSSEGO está disponível na Biblioteca Escolar Vergílio Ferreira, na ESAAG. Aqui fica o poema que figura na contracapa do livro:
UM HOMEM
Um homem
tem sempre dois lados, ou mais
Qualquer
homem tem, pelo menos, o lado de dentro e o lado de fora
Tem o
lado de frente e o lado de trás
E se o
homem entrar no hospital terá ainda muitos mais
Diga lá
quantos lados terá agora?
E se o
médico começar a cortar, zás, zás, zás?
Nunca se
deve olhar só para um lado do Homem
Que tem
mais lados que um cubo
E nunca
se deve confundir um só lado
Do Homem
pelo Homem todo
E, muito
menos, cada homem por todos os homens
Um homem
não vale só por uma única face
Tanto
mais que, por vezes, é uma face aparente
Um homem
deve ser olhado por inteiro
Incluindo
a face da frente
O homem
também deve ser olhado
Pelo
lado animal como pelo lado racional
Ou pelo
lado da razão
Que é
onde normalmente habita o seu coração
Para já
não falar que o homem deve
Ser
olhado pelo lado da amizade
Sobretudo
por esse lado!
0 comentários :
Enviar um comentário
Os comentários anónimos serão rejeitados.