Entre 8 de fevereiro e 24 de março, na Galeria do Paço da
Cultura do Museu Regional da Guarda, tem lugar a Exposição “30 anos de pintura –
o Tempo que passa, a Arte que fica” de Carlos Adaixo, ex-aluno e ex-professor
da ESAAG. Carlos Adaixo tem 57 anos, foi aluno do Liceu no período quente de
1975 até ao início dos anos 80, tendo depois voltado como professor entre 1994 e
1997. Pinta há 30 anos mas também escreve, tendo já três romances publicados: “Café no
Centro da Cidade”, “O inverno no teu olhar” e “Bairro da Caixa”. Neste momento anda “ às voltas” com o quarto.
Ouvimos Carlos Adaixo sobre esta exposição, que inaugura às 18 horas do dia 8 de fevereiro:
O que vai integrar esta exposição?
Nesta exposição,
que pretende assinalar 30 anos de Artes Plásticas, estarão apenas 6 quadros que
remontam a décadas anteriores e 20 telas recentes dos últimos dois anos.
Depois de 30 anos continua a ser
importante pintar?
Para mim a Pintura
é o momento a que sempre volto sem ter necessidade de o justificar. Acontece
sem motivo aparente mas faz parte instintiva de mim.
Como se define no plano artístico?
Sou um
individualista quando pinto, mas gosto do convívio com outros artistas e de
fruir esses momentos. Gosto de cores fortes, do horizonte e do ponto de fuga.
Como caracteriza o meio artístico
guardense?
Na Guarda há gente
com talento, mas tal como acontece com o granito, esconde-se ou aparece diluído
na paisagem sem dar nas vistas.
Sendo professor, o que defende para a
promoção da formação artística nos jovens?
As autarquias, as
escolas, os pais, devem promover o contacto com as atividades culturais. Os
pais devem fazer mais visitas a esses espaços. Infelizmente as Catedrais de fim
de semana são muitas vezes os centros comerciais...
Professor, escritor, artista plástico,
político: como consegue ser isto tudo?
Não sei, quando dei
por mim estava a fazer tudo isso.Faço naturalmente, correndo os riscos de quem
faz e sobra tempo. Faço a gestão do descanso, há fases em que nada surge,
seguidas de momentos de compulsão criativa.
Conheci o Carlos Adaixo na Guarda aquando da "tertúlia" sobre a página Livros Sobre a Cidade Mais Alta de Portugal que aconteceu na B.M.E.L. Fiquei, logo eu que não tinha o prazer de o conhecer, encantado com as suas faculdades e capacidades. Desejo-lhe as maiores felicidades e sucesso para esta sua nova exposição. Tive ainda o prazer da oferta do seu livro BAIRRO DA CAIXA que naturalmente passou a integrar a minha Biblioteca sobre as gentes da minha/nossa cidade da Guarda.
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