O LIVRO DO IMPÉRIO, de João Morgado: impressões de leitura em dois momentos, por Catarina Pina (10º C)
5 de junho de 2020
A obra "O Livro do Império" é mais do que um romance histórico, é
uma narrativa reveladora sobre o papel da Inquisição e o manuscrito que
imortalizou os feitos heróicos de Portugal. É sem dúvida alguma uma grande
investigação sobre um dos períodos mais conturbados da História de Portugal,
revisitada nestas páginas de uma forma inesperada e completamente
surpreendente.
É um livro
que nos conduz ao séc. XVI em pleno reinado de D. Sebastião, numa altura em que
os tempos gloriosos do império estavam a chegar ao fim e vivia-se então a
Ressaca dos Descobrimentos. O rei vivia para os sonhos da glória e para a
obtenção de luxos, sendo que estava cego à corrupção e ao obscurantismo que se
estava a viver, naquela época, especialmente por parte da nobreza e da classe
mais alta.
Com isto,
surge um poeta que no fim da sua vida, já arrependido, decide escrever um livro
onde denunciava toda a corrupção e obsessão que estava a ser vivida, naquela
altura. À medida que estava a ler o livro tinha uma dúvida a circundar na minha
cabeça da qual não conseguia desviar a minha atenção: "Como é que um livro
que criticava e denunciava todos estes atos corruptos e materialistas pôde ser
publicado?"
12 de junho de 2020
Ao concluir a minha leitura da obra "O Livro do Império", sinto
uma mistura de emoções inexplicavelmente estrondosa.
Nunca pensei
envolver-me tanto numa história deste género mas posso dizer que foi um dos
melhores livros que já li, visto que demonstra a resiliência e persistência que
os marinheiros portugueses apresentaram quando enfrentados com os perigos da
sua viagem, especialmente no mar. Por mais que por vezes eles já sentissem que
estavam a ficar sem forças para continuar naquela "batalha", nunca
deram o braço a torcer, lutando por aquilo em que acreditavam e defendendo
sempre com "unhas e dentes" a nossa pátria.
Na minha
primeira impressão de leitura tinha referido que me encontrava em dúvida em
como é que este livro que descrevia situações não tão favoráveis a respeito
daqueles que se encontravam no poder pôde ser publicada. Quando terminei a
minha leitura, cheguei à conclusão de que este livro foi salvo para a glória de
Portugal, ou seja, para a sua redenção.
Ao concluir
esta leitura, senti-me mais uma vez super orgulhosa em ser portuguesa e
defender toda esta história incrível do nosso país. Apercebi-me que todos nós
podemos mostrar ao mundo de que pátria somos e aquilo que defendemos e
acreditamos.
Catarina Pina (10º C)
Muito bem Catarina!
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