A Carlota Santos, do 10º C, leu no Projeto de Leitura de Português alguns contos de "A ruiva e outras histórias", de Fialho de Almeida, escritor do final do século XIX. Aqui ficam as impressões de leitura de dois deles.
Os contos de Fialho de Almeida são conhecidos por
contarem histórias bonitas em poucas páginas. O aspeto que encontrei em comum
entre todos aqueles que li da obra “A ruiva e outras histórias” foi a intensa
descrição, que, apesar de nos permitir imaginar os cenários na sua totalidade,
pode tornar-se maçador, afastando-nos da história em si.
O conto “O tio da América” retrata a história de uma
família com poucas posses que recebeu a visita de um tio rico americano que
queria passar uma temporada na sua terra natal. Sabino parecia contente por
visitar o seu sobrinho Artur, mas a reviravolta no final do conto mostra-nos o
contrário, pois acabou por assaltar a sua família. Este conto agarrou-me muito
à história e adorei o fim imprevisível. Permite-nos perspetivar sobre não
sabermos as verdadeiras intenções das pessoas e suspeitar de onde vinha
realmente a riqueza do tio.
O conto “O funâmbulo de mármore” tem como personagem
uma mulher sofisticada (“contessina”) que se diferenciava das restantes. Um
dia, como se encontrava entediada, foi apreciar algumas obras de arte que
mexeram imenso com ela e lembrou-se de um funâmbulo do circo que a tocara
profundamente na infância, chegando a deixar-se dominar por ele. Este conto foi o que tive mais dificuldades de
interpretar: no entanto é interessante pois mostra-nos o que a admiração por
alguém pode causar. Na minha opinião a vida da mulher era entediante e ela foi
buscar ao funâmbulo uma razão para viver de uma maneira mais cativante.
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