sexta-feira, 10 de julho de 2020

CARLOS BARROCO ESPERANÇA Abandonou a presidência da Associação Ateísta Portuguesa


   Carlos Barroco Esperança, ex-aluno do Liceu Nacional da Guarda, hoje com 77 anos, acaba de deixar a presidência da Associação Ateísta Portuguesa (AAP). Na despedida deste cargo, deixou uma mensagem com muito significado, de que aqui respigamos uma parte em que se salientam os valores que norteiam esta Associação, as ideias democráticas e republicanas e a insubstituível defesa da liberdade contra o fanatismo religioso. Os seus textos podem ser seguidos pelo Facebook ou no Blogue Ponte Europa.

“A AAP repudia o proselitismo e nunca foi uma central de propaganda que incensasse o ateísmo. Defendeu, sim, a laicidade do Estado, e combateu a ameaça das religiões, que incitam a xenofobia, o racismo, a misoginia e a homofobia, sendo fiel à Constituição da República Portuguesa e à Declaração Universal dos Direitos Humanos.

É desolador ver os judeus sionistas a espalhar a violência e a morte na faixa de Gaza e a inviabilizar o Estado da Palestina; os islamitas a impor a sharia; os nacionalistas hindus, na Índia, e os budistas na Birmânia a acossar os muçulmanos; e quaisquer outras manifestações de intolerância religiosa onde quer que ocorram.

Do protestantismo evangélico ao cristianismo ortodoxo, do catolicismo dos exorcismos ao fascismo islâmico, do judaísmo sionista ao hinduísmo das castas e vacas sagradas, as religiões continuam a mostrar a sua nocividade e falsidade.

A AAP repudia os privilégios que a Concordata e a Lei da liberdade religiosa atribuem à Igreja católica, certa de que a fé não se impõe por tratados nem cabe ao Estado pagar a sua difusão. A laicidade é um requisito da tolerância e a garantia da liberdade para todas e cada uma das religiões.”

Parabéns, Carlos Barroco Esperança, pela coragem e pela clarividência sempre presente! 


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