sexta-feira, 25 de março de 2022

PRÉMIO EXPRESSÃO VOX POPULI 2021/22 O texto classificado em 3º lugar, do Miguel Almeida

 

Eis o texto do Miguel Almeida, 3º lugar no PEVP 2021/22.

TEMA A: Os jovens costumam andar arredados da realidade política, na sua grande maioria. Raros são os que cedo começam a ganhar consciência política e a participar ativamente na vida social. A verdade é que a falta de consciência política e de cidadãos comprometidos está a provocar o avanço de ideologias extremistas no nosso país e na Europa. Em semana de eleições expõe o teu pensamento acerca de como encaras a atividade política e como vês a importância das eleições e a obrigatoriedade de votar. Numa crónica / texto de opinião de 300 a 400 palavras, destinada a um jornal local, mostra-nos como é que os olhos de um(a) jovem como tu veem este tema atual.

Política na adolescência

Na atualidade, é do conhecimento geral que a política não está, de todo, entre as principais preocupações de um “comum” aluno do ensino secundário.

Sendo eu próprio um desses tais jovens que estão completamente alheados do mundo político, venho dar a minha opinião sobre o tema e justificar o porquê de isso suceder.

Nós, jovens, levamos uma vida na qual as principais preocupações do quotidiano passam mais por estudar para aquele teste que vamos ter na sexta e não percebemos nada da matéria, ir ver como estão as nossas redes sociais de cinco em cinco minutos, sabe-se lá porquê, ou pôr em dia aquela série que começamos a ver no dia anterior e na qual ficamos imediatamente viciados. Embora grande parte destes hábitos possam não parecer relevantes para as pessoas mais velhas, para nós são de extrema importância e não nos deixam tempo de sobra para ir acompanhando o mundo da política. “Afinal de contas ainda nem temos idade para votar”. Este é um pensamento que nos aborda várias vezes mas, apesar de estar correto, a verdade é que, quando fizermos 18 anos, este pensamento vai-se adaptar para algo do género “Com tanta gente a votar, que diferença faz o meu voto?” e é aí que começa o problema.

Na escola há um caso semelhante que mostra o nosso desinteresse por assuntos políticos: as listas para a Associação de Estudantes. Na minha escola em particular, mas acredito que em muitas outras, a lista que ganha não é necessariamente a que tem mais capacidade para gerir a Associação mas sim aquela que tem os membros mais populares ou a que organizou a melhor festa ou a que, de outra forma qualquer, conseguiu cativar a nossa atenção e aprovação, o que não deixa de ter o seu mérito mas não devia ser o factor que determina votar em A ou em B.

Em jeito de conclusão, o desinteresse dos jovens pela política é algo recorrente na sociedade atual e algo que se vai tornar mais e mais comum num futuro próximo. A única solução que me parece viável para resolver este problema seria abordar este tópico nas disciplinas lecionadas, pois, no futuro, quer sejamos nós historiadores, pintores ou até mesmo astronautas, vamos ser todos cidadãos portugueses e votar para o melhor do país é a nossa obrigação.

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