Eis o texto do Miguel Almeida, 3º lugar no PEVP 2021/22.
TEMA A: Os jovens costumam andar arredados da realidade política, na sua grande maioria. Raros são os que cedo começam a ganhar consciência política e a participar ativamente na vida social. A verdade é que a falta de consciência política e de cidadãos comprometidos está a provocar o avanço de ideologias extremistas no nosso país e na Europa. Em semana de eleições expõe o teu pensamento acerca de como encaras a atividade política e como vês a importância das eleições e a obrigatoriedade de votar. Numa crónica / texto de opinião de 300 a 400 palavras, destinada a um jornal local, mostra-nos como é que os olhos de um(a) jovem como tu veem este tema atual.
Política
na adolescência
Na
atualidade, é do conhecimento geral que a política não está, de todo, entre as
principais preocupações de um “comum” aluno do ensino secundário.
Sendo eu
próprio um desses tais jovens que estão completamente alheados do mundo
político, venho dar a minha opinião sobre o tema e justificar o porquê de isso
suceder.
Nós,
jovens, levamos uma vida na qual as principais preocupações do quotidiano
passam mais por estudar para aquele teste que vamos ter na sexta e não
percebemos nada da matéria, ir ver como estão as nossas redes sociais de cinco
em cinco minutos, sabe-se lá porquê, ou pôr em dia aquela série que começamos a
ver no dia anterior e na qual ficamos imediatamente viciados. Embora grande
parte destes hábitos possam não parecer relevantes para as pessoas mais velhas,
para nós são de extrema importância e não nos deixam tempo de sobra para ir
acompanhando o mundo da política. “Afinal de contas ainda nem temos idade para
votar”. Este é um pensamento que nos aborda várias vezes mas, apesar de estar
correto, a verdade é que, quando fizermos 18 anos, este pensamento vai-se adaptar
para algo do género “Com tanta gente a votar, que diferença faz o meu voto?” e
é aí que começa o problema.
Na
escola há um caso semelhante que mostra o nosso desinteresse por assuntos
políticos: as listas para a Associação de Estudantes. Na minha escola em
particular, mas acredito que em muitas outras, a lista que ganha não é
necessariamente a que tem mais capacidade para gerir a Associação mas sim
aquela que tem os membros mais populares ou a que organizou a melhor festa ou a
que, de outra forma qualquer, conseguiu cativar a nossa atenção e aprovação, o
que não deixa de ter o seu mérito mas não devia ser o factor que determina
votar em A ou em B.
Em jeito
de conclusão, o desinteresse dos jovens pela política é algo recorrente na
sociedade atual e algo que se vai tornar mais e mais comum num futuro próximo.
A única solução que me parece viável para resolver este problema seria abordar
este tópico nas disciplinas lecionadas, pois, no futuro, quer sejamos nós
historiadores, pintores ou até mesmo astronautas, vamos ser todos cidadãos portugueses
e votar para o melhor do país é a nossa obrigação.
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