TEMA B: A ambição, o consumo, a conquista dos territórios dos povos menos evoluídos e a ocupação dos habitats das outras espécies tornaram o homem uma espécie perigosa. Numa altura em que a Terra parece estar à beira do colapso, a perda da biodiversidade, tanto na vida animal (nomeadamente a selvagem) como nas espécies vegetais, interpela a consciência do homem atual. Será então o homem uma espécie superior a quem cabem todos os direitos face à restante Natureza vegetal e animal? Numa crónica / texto de opinião de 300 a 400 palavras, destinada a um jornal local, mostra-nos como é que os olhos de um(a) jovem como tu veem este tema atual.
Primeiramente, o que o separa dos restantes
animais? Poucas coisas realmente, apenas duas. Possui um polegar oponente, e
sim, os gorilas também o têm, no entanto, segundo consta, o homem possui o dom
da racionalidade e é esta que lhe permite agir de forma divergente aos seus
instintos selvagens. Graças a esta dádiva do plano mental, ele evoluiu: criou
civilizações, expandiu horizontes, adquiriu conhecimentos, e tudo em troca de
um pequeno preço, a sobrevivência de tudo o que estiver fora dos seus domínios
de cimento.
O que torna esta besta de nome “homem” execrável?
É a incapacidade de impor limites à sua vontade. Tem que ter mais, tem que ser
mais, tem que ser reconhecido pelos demais! É mestre de várias vertentes, que
chegam e sobram para lhe conceder um estilo de vida confortável. Infelizmente,
na sua ganância que habita no seu âmago, quer sempre ir mais além.
Então até agora o que é que os factos abordados
nos indicam? O homem possui a habilidade de construir aquilo que quer, possui
uma infinita insatisfação e está rodeado por um mundo repleto de
incertezas e desconhecidos. Veem onde
quero chegar? Animais exóticos massacrados para terem a sua cabeça decepada exibida
como troféu; populações expulsas das suas terras por povos com uma maior
instrução e equipamentos bélicos devastadores; terras férteis corrompidas pelas
impurezas criadas por eles. O mundo um dia foi enorme. Já não o é. As
fronteiras encolheram, o solo definhou, animais sofrem o perigo iminente da
extinção.
O homem não é uma espécie superior: esta não
causaria a sua autodestruição. Se a verdade a que nos referimos quando
mencionamos o planeta Terra é acompanhada pela expressão “ou pelo menos o que
resta dele”, a sua existência como espécie é colocada em causa e constitui
inequivocamente um falhanço.
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