Sensibilização para cancro do colo do útero
No passado dia 6 de janeiro, e
como tem sido habitual, Eduarda Pires, médica ginecologista da ULSG,
disponibilizou-se, mais uma vez, para dinamizar uma sessão de sensibilização destinada
aos alunos do 10º ano, alertando-os para a importância da prevenção deste tipo
de cancro. Os alunos manifestaram interesse, esclareceram dúvidas e ficaram
apreensivos com algumas imagens, facto que poderá ter algum impacto nos seus
estilos de vida.
O cancro do colo do útero é
causado por um vírus: o HPV - vírus do papiloma humano. O HPV é um vírus
sexualmente transmissível com a capacidade de infetar todas as pessoas,
independentemente do seu sexo, idade, etnia ou localização geográfica. Não há cura conhecida para as infeções por
HPV, mas a grande maioria das pessoas tem um sistema imune adequado e consegue
eliminar a infeção do seu organismo.
Até à data, existem mais de 200 tipos de HPV identificados, dos
quais cerca de 40 infetam, preferencialmente, o trato anogenital: vulva,
vagina, colo do útero, pénis e áreas perianais. As infeções genitais por HPV
são, geralmente, transmitidas por via sexual, através do contacto epitelial
direto (pele ou mucosa) e por contacto orogenital. O HPV provoca frequentemente
uma infeção silenciosa, sendo que muitos dos infetados não têm sintomas, nem
sinais óbvios. Na Europa, o cancro do colo do útero é a segunda causa de morte
por cancro em mulheres dos 15 aos 44 anos. Em Portugal morre uma mulher por dia
desta doença.
Equipa
PES
A vacina é exclusivamente
preventiva e deve ser administrada, de preferência, antes do início da vida
sexual ativa. Muitas mulheres são infetadas
logo a seguir ao início da atividade sexual. Consequentemente, a vacinação pode
ser menos eficaz nas adolescentes ou nas mulheres sexualmente ativas. Para prevenir o HPV a mulher
deve ter uma vigilância
ginecológica: mesmo que tenha sido
vacinada, é importante continuar a efetuar o rastreio do colo do útero
regularmente. O uso de
preservativos está indicado na prevenção de todas as infeções de transmissão
sexual. É de lembrar que as áreas de pele não cobertas pelo preservativo não
estão protegidas.
A infeção por HPV no homem raramente evolui para doença grave. Se notar
verrugas genitais, deve recorrer a uma consulta (Médico de Família, Consulta de
Infeção de Transmissão Sexual ou Urologista). Embora
os homens não possam contrair cancro do colo do útero, podem transmitir o HPV à
sua parceira.
http://www.ecca.info/fileadmin/user_upload/Brochures/Portugal/L4_PT_PT_A.pdf
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