Embora tenhamos consciência da
pouca importância que a Guarda teve no quadro de operações nacional do 25 de
abril de 1974, não podemos deixar de falar no capitão Augusto Monteiro Valente.
Este era o representante do MFA no Regimento de Infantaria 12 (RI 12) da Guarda
e no dia 25 de abril deu ordem de prisão ao Comandante e 2º Comandante do RI
12. O capitão Valente optou, a conselho de outro oficial, por dar tempo ao
comandante para se pôr a par dos acontecimentos a nível nacional e acolher a
sua adesão. No entanto às 10 horas os dois comandantes não manifestaram vontade
de aderir ao movimento, mantendo-se leais à Região Militar. Na altura da 2ª
refeição do dia, o capitão Valente deu então voz de prisão aos dois
comandantes, coronel António José Ribeiro e tenente-coronel Jorge Teixeira. O
primeiro aceitou a rendição mas o segundo resistiu e o cap. Valente teve de
mandar um tiro para os pés, tendo ficado retidos nos seus quartos e depois
transferidos para o Hotel Turismo e mais tarde para o Quartel da Região
Militar. Logo a seguir à ordem de prisão, a caravana de blindados seguiu para Vilar Formoso para assegurar a proteção da zona da fronteira.
Augusto Monteiro Valente passou à
reserva em 2003, tendo falecido em 2012.
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