Aquando
da celebração dos 40 anos do 25 de abril, o Clube de Saúde organizou uma
exposição com gráficos alusivos à evolução de alguns indicadores de saúde antes
e depois da revolução que pôs fim ao Estado Novo. Aqui fica um breve resumo:
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A população
residente, em milhares, que tinha diminuído ligeiramente entre 1960 e 1970,
aumentou entre 1970 e 1981. Este aumento deveu-se à melhoria da saúde em
Portugal e ao regresso de portugueses das ex-colónias, os denominados
retornados.
·
O número de profissionais
de saúde disponíveis aumentou drasticamente, tendo passado de 8156 médicos
disponíveis em 1970 para 43 863 médicos em 2012. O número de enfermeiros passou
de 13 797 enfermeiros em 1970 para 65 872 enfermeiros em 2013. O país registou
uma melhoria significativa nestes indicadores.
·
Outro indicador
que mostra o fácil acesso à saúde é o número de consultas em estabelecimentos
de saúde por cada 1000 habitantes. Este indicador, que em 1970 registava 2028
consultas, em 2011 registava 4170 consultas.
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As despesas do
Estado em saúde, em milhões de euros, ao contrário dos indicadores já
apresentados, sofreram uma ligeira quebra após a revolução, começando apenas a
aumentar a partir de 1980.
·
Um indicador
que verificou uma quebra muito acentuada após o 25 de abril de 1974 e que
abarca consequências muito negativas para o futuro do nosso país foi o número
de nascimentos. Enquanto que em 1960 houve 213 895 nascimentos, em 2012 só já
nasceram 89 841 crianças. Esta descida foi também consequência do aumento de outro
indicador, a idade média da mãe na altura do primeiro filho. Enquanto em 1970
as mães tinham o primeiro filho por volta dos seus 24 anos, em 2012 as mães
tinham-no por volta dos 30 anos. Podemos interpretar este aumento como
resultado da entrada da mulher no mundo do trabalho após o 25 de abril.
·
Uma melhoria
positiva na saúde dos portugueses foi a redução da taxa de mortalidade
infantil. Enquanto que em 1970 rondava os 56%0, em 2012 era apenas
3%. Na Guarda, a taxa de mortalidade infantil tem diminuído
significativamente desde 1960, embora nunca se tenha mantido constante. Nos
últimos anos, Portugal tem atingido valores muito baixos a nível mundial.
·
Quanto à
esperança de vida à nascença, podemos afirmar que cada vez vivemos mais e
melhor. Apesar de as mulheres continuarem a ter maior esperança de vida à
nascença que os homens, em 2011 a esperança média de vida de um indivíduo tanto
do sexo masculino como feminino aumentou 13 anos desde 1970.
Sara Amaral
nº14 9ºE
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