Por iniciativa do Centro de Ciências Experimentais da Escola Afonso de
Albuquerque e com a colaboração dos professores de Físico-Química que visitaram
o CERN e cederam o material oferecido durante a frequência dos estágios de
verão, foi possível organizar a exposição que se encontra no átrio da Escola
alusiva ao CERN.
Visitar o CERN é sonho de muitas pessoas, mas
difícil de realizar para muitas também. Por isso tentou-se proporcionar esta
"viagem", com o material disponível, que nos permite a observação de
diversos cenários e a descrição de vários eventos aí realizados.
Nos últimos anos, muito se tem falado sobre o CERN e algumas das
mediáticas experiências aí realizadas, mas vou referir-me apenas ao
acontecimento marcante da atualidade, que foi a descoberta da tal
"Partícula de Deus", o Bosão de Higgs.
Em 1964, Englert e o seu colega Robert Brout, já falecido, e Peter Higgs,
postularam independentemente, a existência de uma partícula elementar que seria
responsável pela massa de todas as partículas subatómicas. Só 50 anos mais
tarde foi confirmada a sua descoberta (4 de julho de 2012). Para isso foi percorrido um longo caminho e para se
criarem as condições energéticas necessárias à deteção destas partículas foram
criados potentíssimos aceleradores e detetores gigantescos, dos mais sensíveis
do planeta.
Todos ouvimos falar no LHC, o grande acelerador de partículas, do
Laboratório Europeu Física de Particulas-CERN-e nas importantíssimas
experiências aí realizadas, ATLAS e CMS, especialmente idealizadas para a
deteção do Bosão de Higgs.
O anúncio da descoberta desta partícula já apelidada de Bosão de Higgs, foi feito a 4 de julho
de 2012, o que levou à atribuição do Prémio Nobel da Física em 2013 aos
cientistas Englert, Belga com 80 anos e Peter Higgs, britânico, com 84 anos,
mas não podemos esquecer que o êxito das experiências se deve ao trabalho
levado a cabo por cerca de 6000 cientistas espalhados por todo o mundo. É que,
em tempo real os resultados obtidos no CERN, são vistos por cientistas
espalhados por todo o planeta.
A descoberta desta partícula elementar veio
completar o chamado Modelo-Padrão que descreve a constituição da matéria
visível.
A saga vai continuar, porque
apesar desta grande vitória, apenas se conhece uma percentagem diminuta do
Universo. Cerca de 95% pensa-se ser constituído por matéria escura (invisível)
e energia escura.
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