terça-feira, 6 de maio de 2014

Exposição sobre o CERN no Espaço da Memória


      Por iniciativa do Centro de Ciências Experimentais da Escola Afonso de Albuquerque e com a colaboração dos professores de Físico-Química que visitaram o CERN e cederam o material oferecido durante a frequência dos estágios de verão, foi possível organizar a exposição que se encontra no átrio da Escola alusiva ao CERN.
    Visitar o CERN é sonho de muitas pessoas, mas difícil de realizar para muitas também. Por isso tentou-se proporcionar esta "viagem", com o material disponível, que nos permite a observação de diversos cenários e a descrição de vários eventos aí realizados.
    Nos últimos anos, muito se tem falado sobre o CERN e algumas das mediáticas experiências aí realizadas, mas vou referir-me apenas ao acontecimento marcante da atualidade, que foi a descoberta da tal "Partícula de Deus", o Bosão de Higgs.
    Em 1964, Englert e o seu colega Robert Brout, já falecido, e Peter Higgs, postularam independentemente, a existência de uma partícula elementar que seria responsável pela massa de todas as partículas subatómicas. Só 50 anos mais tarde foi confirmada a sua descoberta (4 de julho de 2012). Para isso foi percorrido um longo caminho e para se criarem as condições energéticas necessárias à deteção destas partículas foram criados potentíssimos aceleradores e detetores gigantescos, dos mais sensíveis do planeta.
  Todos ouvimos falar no LHC, o grande acelerador de partículas, do Laboratório Europeu Física de Particulas-CERN-e nas importantíssimas experiências aí realizadas, ATLAS e CMS, especialmente idealizadas para a deteção do Bosão de Higgs.
    O anúncio da descoberta desta partícula já apelidada de Bosão de Higgs, foi feito a 4 de julho de 2012, o que levou à atribuição do Prémio Nobel da Física em 2013 aos cientistas Englert, Belga com 80 anos e Peter Higgs, britânico, com 84 anos, mas não podemos esquecer que o êxito das experiências se deve ao trabalho levado a cabo por cerca de 6000 cientistas espalhados por todo o mundo. É que, em tempo real os resultados obtidos no CERN, são vistos por cientistas espalhados por todo o planeta.
 A descoberta desta partícula elementar veio completar o chamado Modelo-Padrão que descreve a constituição da matéria visível.
 A saga vai continuar, porque apesar desta grande vitória, apenas se conhece uma percentagem diminuta do Universo. Cerca de 95% pensa-se ser constituído por matéria escura (invisível) e energia escura.

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