quarta-feira, 28 de maio de 2014

Prémio para Constança Costa - Uma aventura literária

A aluna Constança dos Santos Costa, da EB do Bonfim, do 4º ano, ganhou o 1º Prémio do Concurso Nacional “Uma Aventura Literária”, na modalidade de Texto Original – 3º / 4º ano. Foram a concurso 10.035 trabalhos individuais e em grupo de mais de 400 escolas de todo o país. O prémio consiste na publicação do trabalho num dos livros da coleção “Uma Aventura” e num cheque-livro que será entregue no dia 2 de junho às 14h30 na Feira do Livro de Lisboa, estando presentes as autoras da coleção "Uma Aventura", Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. Parabéns, Constança. Aqui fica o texto vencedor.

O poder da palavra amizade
Há muitos, muitos anos, no reino das palavras, as letras andavam em guerra pois queriam descobrir qual era a mais importante.
Os A contra os B, os C contra os E, enfim, uma confusão “letral”.
Um dia, no meio da guerra, aparece uma Carta que lhes diz:
– Não façam guerra por causa de uma coisa insignificante. São todas importantes e, já agora, importam-se de se juntarem e escreverem o texto da carta?
– Mais uma carta, que maçada! Eu não vou, os da minha família já foram e nunca mais voltaram, – disse o pequeno Z.
– Eu vou, – concluiu o A. – Não me importo de não voltar.
– E eu também não me importo de ter uma aventura, – disse o gémeo do A, o A.
– Está bem, eu concordo em ir. – disse o D. – E tu também vens, E.
– Não quero ir porque tenho medo.– respondeu o E.
– Vá lá, medricas, uma aventura dá saúde!– insistiu o D.
– Pronto, pronto, eu vou. Assim estás satisfeito? – perguntou o E.
– Agora só falta o I e o M, – disse a carta.
– Não me importo de ir, – disse o I.
– E eu também não, – disse o M. 
– Ótimo, estamos todos. Deem as mãos porque vamos descer a pique.- avisou a carta.
–“Não devia ter concordado”, pensou o E.
–“Não sejas medricas, E”.– respondeu em pensamento o D.
– Ei, como é que fizeste isso?– perguntou o E.
– Eu já sabia que ias ter medo, por isso li-te o pensamento.– disse, sorrindo, o D.
Passados 5 minutos eles já estavam na terra e tentavam abrigar-se das bombas e das balas que os humanos atiravam uns para os outros.
– O que se passa aqui? – perguntou o I.
– É uma guerra idêntica à que vocês estavam a fazer no vosso reino. Mas esta já é a sério.– informou a carta.
– Como podemos parar isto? – perguntaram todas em coro.
– Podem tentar criar uma palavra, – sugeriu a Carta.
– Boa ideia!!!
As letras lá começaram a tentar escrever uma palavra que fizesse sentido e que pudesse parar a guerra. Começaram por EZADIMA e acabaram em AMIZADE. Escreveram esta palavra vezes sem conta, enquanto a carta as distribuía pela terra e foi assim que a guerra terminou. As pessoas em vez de balas e bombas mandavam beijos; em vez de lutas, guerras de almofadas…
Depois as letras do reino desceram também e passaram a trabalhar em conjunto com as pessoas e o mundo ficou calmo e sereno.
Foi assim que a palavra AMIZADE mudou o mundo. 

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