A
aluna Constança dos Santos Costa, da EB do Bonfim, do 4º ano, ganhou o 1º Prémio
do Concurso Nacional “Uma Aventura Literária”, na modalidade de Texto Original –
3º / 4º ano. Foram a concurso 10.035 trabalhos individuais e em grupo de mais
de 400 escolas de todo o país. O prémio consiste na publicação do trabalho num
dos livros da coleção “Uma Aventura” e num cheque-livro que será entregue no dia 2 de junho às 14h30 na Feira do Livro de Lisboa, estando presentes as autoras da coleção "Uma Aventura", Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. Parabéns, Constança. Aqui fica o texto
vencedor.
O poder da palavra amizade
Há
muitos, muitos anos, no reino das palavras, as letras andavam em guerra pois
queriam descobrir qual era a mais importante.
Os
A contra os B, os C contra os E, enfim, uma confusão “letral”.
Um
dia, no meio da guerra, aparece uma Carta que lhes diz:
–
Não façam guerra por causa de uma coisa insignificante. São todas importantes e,
já agora, importam-se de se juntarem e escreverem o texto da carta?
–
Mais uma carta, que maçada! Eu não vou, os da minha família já foram e nunca
mais voltaram, – disse o pequeno Z.
–
Eu vou, – concluiu o A. – Não me importo de não voltar.
–
E eu também não me importo de ter uma aventura, – disse o gémeo do A, o A.
–
Está bem, eu concordo em ir. – disse o D. – E tu também vens, E.
–
Não quero ir porque tenho medo.– respondeu o E.
–
Vá lá, medricas, uma aventura dá saúde!– insistiu o D.
–
Pronto, pronto, eu vou. Assim estás satisfeito? – perguntou o E.
–
Agora só falta o I e o M, – disse a carta.
–
Não me importo de ir, – disse o I.
–
E eu também não, – disse o M.
–
Ótimo, estamos todos. Deem as mãos porque vamos descer a pique.- avisou a
carta.
–“Não
devia ter concordado”, pensou o E.
–“Não
sejas medricas, E”.– respondeu em pensamento o D.
–
Ei, como é que fizeste isso?– perguntou o E.
–
Eu já sabia que ias ter medo, por isso li-te o pensamento.– disse, sorrindo, o
D.
Passados
5 minutos eles já estavam na terra e tentavam abrigar-se das bombas e das balas
que os humanos atiravam uns para os outros.
–
O que se passa aqui? – perguntou o I.
–
É uma guerra idêntica à que vocês estavam a fazer no vosso reino. Mas esta já é
a sério.– informou a carta.
–
Como podemos parar isto? – perguntaram todas em coro.
–
Podem tentar criar uma palavra, – sugeriu a Carta.
–
Boa ideia!!!
As
letras lá começaram a tentar escrever uma palavra que fizesse sentido e que
pudesse parar a guerra. Começaram por EZADIMA e acabaram em AMIZADE. Escreveram
esta palavra vezes sem conta, enquanto a carta as distribuía pela terra e foi
assim que a guerra terminou. As pessoas em vez de balas e bombas mandavam
beijos; em vez de lutas, guerras de almofadas…
Depois
as letras do reino desceram também e passaram a trabalhar em conjunto com as
pessoas e o mundo ficou calmo e sereno.
Foi
assim que a palavra AMIZADE mudou o mundo.
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