Alina Louro , professora da ESAAG, voltou a colaborar este ano como autora na edição dos Exercícios de Química 11, da Raiz Editores.
Qual foi em concreto a sua
participação no Projeto?
Este é um
projeto de continuidade que visa preparar o aluno para o exame da disciplina
que acontece no final do 11º ano. Não faria sentido interromper o objetivo
principal do projeto, até porque o projeto do 10º ano vendeu muitíssimo bem.
Portanto, havia um compromisso com quem comprou os livros do 10º ano, havia que
continuar. Contudo, este ano as obras são mais abrangentes pois muitos dos
exercícios exigem o domínio dos 10º e 11º anos, sem nunca deixar de preparar os
alunos para as avaliações do 11º ano. Por isso, a nossa equipa sofreu uma
reestruturação sendo, contudo, o projeto o mesmo.
A maioria de
nós, à exceção da professora Maria José Pires que é de Química, tem formação
inicial em Física, pelo que tínhamos vários elementos a querer trabalhar em
Física e só uma pessoa na Química. Por isso, eu optei por passar a trabalhar
exclusivamente na componente de Química, já que tenho um mestrado na área e nem
sempre me lembro disso. Foi uma luta difícil de vencer, uma luta que tive de
travar comigo própria. Houve dias em que quis desistir mesmo sabendo que a
decisão tinha sido tomada por mim e depois de pensar no assunto. Contudo,
parecia que metade de mim, como física, estava a trair a outra metade. E ele aí
está, um livro com 304 páginas e de Química.
A tarefa deste ano foi mais exigente
que no 10º ano?
Não tem, de
facto, qualquer tipo de comparação com o ano anterior. Acho, inclusive, que
aquele encantamento que se vive quando se edita a primeira obra é única e guia
todo o trabalho. O projeto do 10º ano tem muito de mim, dos meus alunos, das
minhas aulas… é algo muito pessoal, muito ESAAG. No 11º ano, além dos conteúdos
serem mais exigentes, o livro contém tudo aquilo que nós gostávamos de encontrar
numa obra e por isso foi muitíssimo trabalhosa. O livro possui imenso material
de apoio ao aluno, é um companheiro até para a universidade. Sei que quem o
usar no 11º ano o vai usar durante vários anos, sempre que precise de ver o
valor daquela constante ou de consultar aquele formulário ou aquele esquema em
particular. Agora, olhando para a obra, está tudo ali, como nós queríamos.
Eu gostei
muito de trabalhar com a Maria José Pires, de quem já tinha ouvido falar mas que
não conhecia bem. Somos pessoas e professoras muito diferentes e acho que nos
completámos. Aprendi com ela e só por isso, já valeu a pena ter passado
exclusivamente para a Química. Depois, eu gosto de projetos novos e de desafios
e este foi, sem dúvida, um dos maiores desafios da minha vida. Ainda não fui
ver o livro nas livrarias, sei que já está à venda e que o preço é igual aos do
10º ano. Vou gostar de o folhear numa livraria, mantendo o anonimato, e ouvir
falar dele como se tivesse sido escrito por outra pessoa. É uma sensação única,
passar por uma montra e vê-lo na sessão das “novidades” numa conhecida
livraria. O livro está lindo, com um designer simples mas elegante, como nós
pedimos. Não tem imagens desnecessárias, não tem chamariz, é como nós pensamos
que deve ser um livro deste género.
(continua)
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