Foi de 26 a 31 de agosto que um grupo de professores e
ex-professores da ESAAG e seus familiares fez a 3ª etapa do Caminho Francês em
direção a Santiago de Compostela. Das maravilhas que viram cada um contará.
Fernando Cabral, professor de Educação Física e principal organizador da viagem, falou ao Blogue EXPRESSÃO
sobre a etapa deste ano.
Qual é a ideia de fazer o Caminho de Santiago?
A ideia de fazer o Caminho de Santiago surgiu
numa visita de estudo de alunos da ESAAG a Santiago de Compostela.
Durante a viagem, no autocarro, foi “projetado” o
filme “The Way” que retrata uma história sobre peregrinos no Caminho de
Santiago. Umas das professoras que acompanhavam a visita lançou o repto: já
que, na escola, fazemos caminhadas de vez em quando porque não fazermos o
Caminho?
O grupo de EF agarrou a ideia e o desafio lançado
aos professores da Escola Afonso de Albuquerque. Houve recetividade e desde
então um grupo de professores, seus familiares e amigos tem, todos os anos,
realizado uma atividade nos Caminhos de Santiago.
Como foi em cada ano?
No 1º ano, 2013, organizámos a peregrinação no
denominado Caminho Português. Caminhámos de Valença até Santiago de Compostela
(+/- 150 kms). Gostámos tanto que no final decidimos que em 2014 iríamos de
Santiago de Compostela até Finisterra (+/- 125 Kms). Aqui chegados e
quando fazíamos o balanço do Caminho desse ano questionámo-nos: e agora? O
grupo respondeu: agora vamos fazer o Caminho Francês (o mais “emblemático” dos
caminhos). Dado que só podemos dedicar uma semana por ano ao Caminho e que este
Caminho tem à volta de 800 kms, decidimos que o faríamos em etapas de vários
anos para chegar a Santiago de Compostela em 2021. E porquê 2021? Porque 2021
será o próximo ano Jacobeu, ou seja, o próximo ano em que o dia de S. Tiago, 25
de julho, coincide com um domingo. Face a esta decisão em 2015 fizemos o
percurso entre S. Jean Pied du Port e Logroño e em 2016 entre Logroño e Burgos.
Em 2017 caminharemos entre Burgos e um local ainda a definir.
É mais aventura ou mais devoção?
Uma das “máximas” do Caminho é que cada um faz o
seu Caminho. O trajeto, sozinho ou acompanhado, etapas mais longas ou mais
curtas, por razões religiosas, culturais ou lúdicas, a pé, de bicicleta ou de
cavalo… cada UM faz o seu caminho. No nosso grupo todos gostamos de caminhar.
Quanto às razões, para uns são mais religiosas e culturais, enquanto para
outros serão mais culturais e lúdicas. Somos um grupo homogéneo no propósito,
mas heterogéneo, e tolerante, nas motivações…
(continua)
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