domingo, 4 de setembro de 2016

CAMINHO DE SANTIAGO Fernando Cabral fala ao EXPRESSÃO da viagem deste ano


Foi de 26 a 31 de agosto que um grupo de professores e ex-professores da ESAAG e seus familiares fez a 3ª etapa do Caminho Francês em direção a Santiago de Compostela. Das maravilhas que viram cada um contará. Fernando Cabral, professor de Educação Física e principal organizador da viagem, falou ao Blogue EXPRESSÃO sobre a etapa deste ano.

Qual é a ideia de fazer o Caminho de Santiago?
A ideia de fazer o Caminho de Santiago surgiu numa visita de estudo de alunos da ESAAG a Santiago de Compostela.
Durante a viagem, no autocarro, foi “projetado” o filme “The Way” que retrata uma história sobre peregrinos no Caminho de Santiago. Umas das professoras que acompanhavam a visita lançou o repto: já que, na escola, fazemos caminhadas de vez em quando porque não fazermos o Caminho?
O grupo de EF agarrou a ideia e o desafio lançado aos professores da Escola Afonso de Albuquerque. Houve recetividade e desde então um grupo de professores, seus familiares e amigos tem, todos os anos, realizado uma atividade nos Caminhos de Santiago.

Como foi em cada ano?
No 1º ano, 2013, organizámos a peregrinação no denominado Caminho Português. Caminhámos de Valença até Santiago de Compostela (+/- 150 kms). Gostámos tanto que no final decidimos que em 2014 iríamos de Santiago de Compostela até Finisterra (+/- 125 Kms).  Aqui chegados e quando fazíamos o balanço do Caminho desse ano questionámo-nos: e agora? O grupo respondeu: agora vamos fazer o Caminho Francês (o mais “emblemático” dos caminhos). Dado que só podemos dedicar uma semana por ano ao Caminho e que este Caminho tem à volta de 800 kms, decidimos que o faríamos em etapas de vários anos para chegar a Santiago de Compostela em 2021. E porquê 2021? Porque 2021 será o próximo ano Jacobeu, ou seja, o próximo ano em que o dia de S. Tiago, 25 de julho, coincide com um domingo. Face a esta decisão em 2015 fizemos o percurso entre S. Jean Pied du Port e Logroño e em 2016 entre Logroño e Burgos. Em 2017 caminharemos entre Burgos e um local ainda a definir.

É mais aventura ou mais devoção?
Uma das “máximas” do Caminho é que cada um faz o seu Caminho. O trajeto, sozinho ou acompanhado, etapas mais longas ou mais curtas, por razões religiosas, culturais ou lúdicas, a pé, de bicicleta ou de cavalo… cada UM faz o seu caminho. No nosso grupo todos gostamos de caminhar. Quanto às razões, para uns são mais religiosas e culturais, enquanto para outros serão mais culturais e lúdicas. Somos um grupo homogéneo no propósito, mas heterogéneo, e tolerante, nas motivações…
(continua)

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