domingo, 4 de setembro de 2016

ENTREVISTA A FERNANDO CABRAL - PARTE 2 O ambiente é fantástico


Aqui fica a continuação da entrevista de Fernando Cabral, professor de Educação Física da ESAAG, ao Blogue EXPRESSÃO sobre o Caminho de Santiago deste ano (26 a 31 de agosto), que juntou um grupo de professores e outros amigos da ESAAG.

Como se organiza uma viagem destas?
         Documentamo-nos sobre o percurso, as suas dificuldades e possibilidades de alojamento. Face aos nossos objetivos elaboramos um programa com as jornadas a realizar. Programamos as viagens, com as respetivas merendas, até ao local de partida e da chegada até às nossas casas. Ou seja, levamos tudo planeado, mas sempre com a perspetiva de que, face às circunstâncias, pode haver alterações.

        Como se asseguram as comidas e as pernoitas?
       O nosso propósito é sempre dormir em albergues. Até hoje isso foi sempre conseguido, mas já aconteceu não pernoitarmos, por já estar com a ocupação plena, naquele que era a nossa 1ª opção. No Caminho Francês, principalmente, quase todas as localidades que atravessámos têm um ou vários albergues. A comida pode ser em restaurantes, comprada e comida nos albergues ou confecionada, por nós ou pelo albergue, nas cozinhas dos albergues. Quase todos eles têm cozinha e refeitório. Claro que nas mochilas se leva, por norma, alguma comida e principalmente água, para comer e beber durante a caminhada. E há paragens para café e que aprouver a cada um…

Quais as principais dificuldades?
A principal dificuldade, para alguns, são os kms finais de cada jornada… e então se ela for longa… Por norma o grupo faz jornadas entre os 20 e os 30 kms.
Claro que as condições meteorológicas (frio, calor, neve, chuva, vento…) podem dificultar e complicar a vida aos caminheiros. Mas as dificuldades e os imprevistos são também aliciantes do caminho.
Pode haver pequenas mazelas, como por exemplo “bolhas” nos pés, mas nada que não se supere…

Que ambiente se encontra nestas viagens? 
        O ambiente é fantástico. Permite momentos de silêncio e reflexão, permite longas conversas com os elementos do grupo e permite contactos com as populações locais, a sua cultura e os seus patrimónios. As trocas de experiências com peregrinos de várias nacionalidades são muito gratificantes. Encontram-se muitos franceses, americanos, japoneses, sul-coreanos, espanhóis…

Quais as melhores recordações destes dias?
          As paisagens, as pessoas, os monumentos, as peripécias que acontecem sempre…

Fica-se sempre com vontade de mais?
         SEMPRE!!!









0 comentários :

Enviar um comentário

Os comentários anónimos serão rejeitados.