Aqui fica a continuação da entrevista de Fernando Cabral, professor de Educação Física da ESAAG, ao Blogue EXPRESSÃO sobre o Caminho de Santiago deste ano (26 a 31 de agosto), que juntou um grupo de professores e outros amigos da ESAAG.
Como se organiza uma viagem destas?
Documentamo-nos sobre o percurso, as suas
dificuldades e possibilidades de alojamento. Face aos nossos objetivos
elaboramos um programa com as jornadas a realizar. Programamos as viagens, com
as respetivas merendas, até ao local de partida e da chegada até às nossas
casas. Ou seja, levamos tudo planeado, mas sempre com a perspetiva de que, face
às circunstâncias, pode haver alterações.
Como se asseguram as comidas e as pernoitas?
O nosso propósito é sempre dormir em albergues.
Até hoje isso foi sempre conseguido, mas já aconteceu não pernoitarmos, por já
estar com a ocupação plena, naquele que era a nossa 1ª opção. No Caminho
Francês, principalmente, quase todas as localidades que atravessámos têm um ou
vários albergues. A comida pode ser em restaurantes, comprada e comida nos
albergues ou confecionada, por nós ou pelo albergue, nas cozinhas dos
albergues. Quase todos eles têm cozinha e refeitório. Claro que nas mochilas se
leva, por norma, alguma comida e principalmente água, para comer e beber
durante a caminhada. E há paragens para café e que aprouver a cada um…
Quais as principais dificuldades?
A principal dificuldade, para alguns, são os kms
finais de cada jornada… e então se ela for longa… Por norma o grupo faz jornadas
entre os 20 e os 30 kms.
Claro que as condições meteorológicas (frio,
calor, neve, chuva, vento…) podem dificultar e complicar a vida aos caminheiros.
Mas as dificuldades e os imprevistos são também aliciantes do caminho.
Pode haver pequenas mazelas, como por exemplo
“bolhas” nos pés, mas nada que não se supere…
Que ambiente se encontra nestas viagens?
O ambiente é fantástico. Permite momentos de
silêncio e reflexão, permite longas conversas com os elementos do grupo e
permite contactos com as populações locais, a sua cultura e os seus
patrimónios. As trocas de experiências com peregrinos de várias nacionalidades
são muito gratificantes. Encontram-se muitos franceses, americanos, japoneses,
sul-coreanos, espanhóis…
Quais as melhores recordações destes dias?
As paisagens, as pessoas, os monumentos, as peripécias
que acontecem sempre…
Fica-se sempre com vontade de mais?
SEMPRE!!!
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