DIOGO BORGES O testemunho de um colocado no Ensino Superior

O passado dia 11 de setembro, para muitos um mero aniversário da queda das emblemáticas Torres Gémeas, representou, para a grande maioria dos alunos que recentemente terminaram o 12º ano, um dos dias seguramente mais marcantes de todo um percurso académico. Foi o dia da tão aguardada divulgação das colocações do ensino superior.

Não constituindo uma exceção à regra, foi num clima de evidente nervosismo e alguma apreensão que vivi este dia. Fora-nos comunicado que os resultados seriam divulgados durante o fim de semana, não sendo no entanto específico o dia e hora da divulgação. Assim, foi de unhas roídas e permanentes e infindáveis atualizações do endereço de email (em busca daquela mensagem que teimava em não aparecer) que o dia se foi desenrolando.

Mas como popularmente se diz, quem espera sempre alcança, e depois de algum suor e lágrimas de desespero, lá reluziu a luz do canto superior do ecrã, com a tão aguardada notificação:

Resultado: Colocado

Instituição: [1507] Universidade de Lisboa - Faculdade de Medicina

Curso: [9813] Medicina 

Era o culminar de um trabalho árduo e dedicado, desenvolvido ao longo de vários anos na Escola Secundária Afonso de Albuquerque, onde me foram instruídas as bases indispensáveis ao sucesso. Foram seis longos anos de experiências incríveis, de rigor, disciplina, mas acima de tudo repletos de momentos que hoje recordo com natural nostalgia. É uma instituição à qual devo as bases que tão importante papel desempenharão certamente no meu futuro.

E por falar em futuro, que novos desafios terei pela frente? Que poderei esperar do curso de medicina? Para ser sincero, ainda não refleti convenientemente a respeito dessa questão. No entanto, estou seguro de que este caminho se avizinha igualmente longo e penoso. Porém, é de cabeça erguida que encaro o que aí vem, sempre com o intuito de perpetuar o meu sucesso.

E se no início desta crónica mencionava a queda das Torres Gémeas, termino a mesma com um cenário oposto, com a certeza de que hoje mesmo coloco mais uma pedra na edificação do meu percurso escolar.

Diogo Borges