O Latim e o Direito
Uma grande parte das línguas hoje
faladas na Europa provém da, falsamente, intitulada “língua morta”, o Latim. Falsamente,
sim, pois o latim ainda está bem vivo entre nós, nomeadamente na área do
Direito. No entanto, a cultura romana não só nos deixou como seu legado a
língua, mas também as bases jurídicas que ainda hoje estão presentes no nosso
ordenamento jurídico.
Na nossa área, somos confrontados,
múltiplas vezes, com palavras, expressões ou princípios que estão escritos em
latim não por mero acaso do destino: só entendendo a génese do ius romanum podemos alcançar o seu
verdadeiro significado.
Na perspetiva de alguém que saiu do
secundário há cerca de três anos, acho que o ensino do latim nas nossas escolas é tão importante
como ensinarmos álgebra, matemática ou astronomia na área de ciências porque
foram as bases que nos permitiram avançar ao longo do tempo e chegar ao que
somos hoje.
O Direito é como o xadrez: dão-nos
as peças para jogar, mas se não soubermos jogar, não fazemos nada com elas. Da
mesma forma que ao jurista são dadas as normas, mas se não as souber
interpretar, não as consegue usar. E é aí que entra o latim, ajudando a
raciocinar e a interligar todas as peças.
Fica a pergunta: até que ponto não
é o latim fundamental na nossa formação? Quid
Iuris?
Mónica Camurça, ex-aluna e estudante de
Direito na U. Coimbra
(em coautoria com Ana
Lourenço)
Certíssima!
ResponderEliminarSem dúvida! E, já agora, o Grego.
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