quarta-feira, 5 de julho de 2017

OPINIÃO Ex-aluna Mónica Camurça escreve sobre a utilidade do latim

O Latim e o Direito
Uma grande parte das línguas hoje faladas na Europa provém da, falsamente, intitulada “língua morta”, o Latim. Falsamente, sim, pois o latim ainda está bem vivo entre nós, nomeadamente na área do Direito. No entanto, a cultura romana não só nos deixou como seu legado a língua, mas também as bases jurídicas que ainda hoje estão presentes no nosso ordenamento jurídico.
Na nossa área, somos confrontados, múltiplas vezes, com palavras, expressões ou princípios que estão escritos em latim não por mero acaso do destino: só entendendo a génese do ius romanum podemos alcançar o seu verdadeiro significado.
Na perspetiva de alguém que saiu do secundário há cerca de três anos, acho que o ensino  do latim nas nossas escolas é tão importante como ensinarmos álgebra, matemática ou astronomia na área de ciências porque foram as bases que nos permitiram avançar ao longo do tempo e chegar ao que somos hoje.
O Direito é como o xadrez: dão-nos as peças para jogar, mas se não soubermos jogar, não fazemos nada com elas. Da mesma forma que ao jurista são dadas as normas, mas se não as souber interpretar, não as consegue usar. E é aí que entra o latim, ajudando a raciocinar e a interligar todas as peças.
Fica a pergunta: até que ponto não é o latim fundamental na nossa formação? Quid Iuris?
Mónica Camurça, ex-aluna e estudante de Direito na U. Coimbra
(em coautoria com Ana Lourenço)

2 comentários :

Os comentários anónimos serão rejeitados.