A Ângela Canez numa foto de 2016 |
A equipa do EXPRESSÃO foi composta ao longo de muitos anos por alunos dedicados e fiéis. Um dia destes pomos aqui uma foto de grupo. Entretanto no ano de 2000/01 a Ângela Canez colaborou durante vários números com raps dedicados a várias personagens típicas da escola. Eis aqui três deles muito conseguidos poeticamente, dedicados ao aluno marrão, ao mau aluno e ao professor baldas.
Rap do aluno marrão
A vós, ó
ignorantes
Que pensais
saber?
A vós que
gozais
Sem me
conhecer
Ouvi meu
canto
Eis o meu
clamor
Abaixo
vosso espanto
Meu grito é
maior!
Elevei-o ao
quadrado
Traduzi-o
em equação
E mesmo
isolado
Achei-lhe em
lR a solução
Esqueci-me
de tudo
E de uma
festa qualquer
Troquei-a
pelo estudo
Mas agora
sei discorrer
De Platão e
Descartes
De
Cervantes e Erasmo
E se me
inferiorizarem para baixo
Direi que é
pleonasmo
E vós ó
Incultos
Que ireis
vós dizer
Aprendei
pois neste canto
O que ficou
por entender
Aprendei
pois agora
Neste Rap
ou o que for
Pois o Rap
não se estuda
E meu grito
é maior!
Ângela
Canez (11º F)
Rap do mau aluno
Sr.
Professor
Guardião da
morte!
Sois
símbolo das aulas
Que palavra
forte!
Trazeis a
gente fechada
Nesta sala quadrada
Isto é tempo perdido
Isto é tempo perdido
Ensinais de
tudo
Professor
do nada...
Falais-me
em estudar
Mas que
teimosia!
Que vida
tão fria!
Insistis!
Quereis explicar!
E eu já sem
perceber...
Tanta vida
lá fora
De que vale
envelhecer?
Que eu
quero aprender
A vida
inteira
E não só à
vossa beira
Que é
inútil e triste
(A meu
ver!)
Mas este
ódio não adianta
Quando a
loucura me espanta
E me enche
de horror...
Ao olhar na
porta escrito
Ó guardião
que evito
Sois meu
professor!!!...
Ângela Canez (11ºF)
Rap do professor baldas
Sobre todo
o tempo passado
Eu,
professor desonrado
Deixo minha
confissão!
E digo
arrependido
Que estando
agora adormecido
Me acordou
a razão...
Mas quase
oiço de repente
A campainha
estridente
Terrível
recordação!
E vem um
aluno interessado
Ou outro
mais moderado
Falar da
matéria que não dei
Há ainda um
professor
Que é
baldas mas doutor
Sou eu! Mas
nem o sei...
Ignoro até
minha presença
Tanto ficou
por ensinar!
Trago
apenas a sentença
Um pesadelo
por contar
Ah! E se eu
faltar por um momento
Como faltei
há tanto tempo...
(Estou
quase a delirar!)
No que
resta da loucura
Que foi
minha e amei
E agora,
noite escura
Renego a
aventura
De tudo o
que ousei errar
Errarei
pois ainda
Neste dia
que já finda
E eu por
confessar!!!
Ângela Canez (11º F)
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