sexta-feira, 18 de agosto de 2017

OFICINA DE ESCRITA 2016/17 (7) As últimas lendas do 10º A

10º A
      Textos resultantes da Oficina de Escrita dinamizada por Luís Chaves e promovida pela BMEL em colaboração com a Bibl. Escolar Vergílio Ferreira em março-maio 2017 na ESAAG




Transformação livre de lendas da região da Guarda
Criação livre de frases a partir de colagem de recortes de jornal
O Dançarino
Há muitos anos, ainda Portugal não era reino, existiu uma escola de dança feminina, mais precisamente de ballet, em terras que hoje são do concelho da Guarda.
Entre as dançarinas, havia uma rapariga que demonstrava ser muito empenhada na execução das coreografias. Tal empenho não passou despercebido à professora.
No final de uma aula, a professora quis saber melhor quem era a rapariga, perguntando a uma colega que a acompanhava. Receosa e um pouco intimidada, ela acabou por identificou a bailarina como sendo um homem.
Curiosa com a situação, a professora intimou o bailarino para que lhe contasse a verdade. Ele, após isto, revelou a verdade, defendendo-se com a ideia de que aquele tipo de dança não era comummente aceite como sendo para homem, mas como gostava muito, então teve de disfarçar-se.
A professora ficou com pena dele. Mais tarde, disse ao responsável pela escola que se pudesse investir numa escola de dança masculina era bom. Assim, o bailarino já não precisava de disfarçar-se e podia aprender melhor.
E foi deste modo que nasceu o Dançarino.
João Marques. Texto a partir da lenda “Guardiã”.

A Guardiã
Há muitos anos, ainda Portugal não tinha futebol feminino, deu-se num campo de futebol, do concelho da Guarda, um jogo muito importante entre as equipas do Benfica e do Sporting. Entre os jogadores do Benfica estava um valente praticante da modalidade, corajoso e sempre a entrar no mais perigoso lance, mas que era uma rapariga de nome Guardina. Tal ânimo, não passou despercebido ao treinador. No final do jogo, quis saber quem era aquele jogador, de rosto coberto, que se empenhara daquela maneira, e fez a pergunta a Ambrósio da Silva, o treinador adjunto, que estava a seu lado.
Receoso e um pouco intimidado, Ambrósio identificou o misterioso futebolista, dizendo:
“Saiba, «mister», que esse jogador é minha filha Guardina.”
“Vossa filha?!”
“Peço-vos perdão, «mister», mas Guardina fez questão de jogar pela sua equipa, porque tem muito amor ao seu futebol.”
O treinador colocou o pé na bola e disse:
“Agora compreendo porque é que este misterioso jogador, que afinal é uma rapariga, se colocava junto à área e defendia a baliza de todos os adversários!”
Sem mais perguntas ou respostas, o treinador foi ter com Guardina e intimou-a a mostrar o rosto, que era realmente belo, mas suado. Perante o receio dela, declarou ao treinador adjunto que lhe perdoava por desobedecer às leis de apenas poderem jogar homens. Mais lhe disse, que, se fosse rapaz, a convocaria para todos os jogos e treinos.
Logo ali, convocando Ambrósio da Silva e os responsáveis do clube para a sua tenda, encarregou-os de manterem à sua guarda um campo de futebol que ia construir naquelas terras altas, e que seria Guardina a principal guardiã e a capitã de equipa.
E assim nasceu o futebol feminino na Guarda, pois era essa a missão que o treinador encontrava para um campo de futebol e uma equipa que tão denodadamente guardava aquelas redes e a felicidade ao treinador.
Mariana Rebelo. Texto a partir da lenda “Guardiã”.

Há muitos anos atrás, ainda Portugal não era reino, deu-se perto do atual concelho da Guarda uma batalha que chegou a demorar quase dois séculos.
De entre os triliões de soldados, destacou-se, para além dos quatro Reis que participaram, um soldado muito corajoso.
Após ter acabado a última batalha, a que marcaria a eventual vitoria, o rei sobrevivente queria saber quem era aquela misteriosa pessoa que tanto se destacou na batalha.
- Oh, quem és? – inquiriu.
 - Sou um cavaleiro que vos pede perdão.
Admirado, o Rei tira-lhe o capacete, e vê uma mulher que, apesar de ter uma idade avançada, era muito bonita. Chamava-se Ana e já estava ao serviço da corte há muito tempo...
Ainda a refazer-se da surpresa e depois de lhe ter agradecido, mais ainda estava para vir. Ela vira-se para trás e inicia a subida de uma grande colina (atual Guarda) para ver o seu último pôr-do-sol, o mais tardio de todas as cidades portuguesas.
Ana, com a sua beleza, cai subitamente no chão, e, apesar de tudo, contente por ter «guardado» o rei e a sua cidade... E assim nasceu a cidade mais alta de Portugal.
Rodrigo Santos. Texto a partir da lenda “Guardiã”.

Há algum tempo, em Portugal, no distrito da Guarda, mais concretamente em Almeida, deu-se uma grande batalha entre um exército comandado pelo seu melhor soldado, um cavaleiro que andava sempre mascarado, e o pai deste.
O exército do cavaleiro mascarado saiu vencedor da contenda. Então, o comandante do exército vencido quis saber quem era o tal soldado mascarado, que chefiava, pois era muito bom a lutar. Foi aí que descobriu, para seu espanto, que se tratava da própria filha. Então, perguntou-lhe qual era a razão de estar naquele exército e porque tinha enfrentado o próprio pai, ao que ela respondeu que sempre tinha gostado de lutar, e para lhe provar que tinha talento em alguma coisa.
O pai ficou contente, pois ela era muito talentosa a lutar, e convidou-a para fazer parte do seu exército, ao que ela respondeu logo, muito contente, que sim.
Desde esse dia, o pai, que achava que a filha não era talentosa em nada e nunca seria nada na vida, ficou muito orgulhoso, tornando-se cada vez mais próximos.
Gonçalo Pereira. Texto a partir da lenda “Guardiã”.

Um homem pobre vivia numa rua fria e sombria, tendo por única companhia um cão. O seu coração enchia-se de tristeza por ter perdido tudo na vida, sonhando um dia conseguir sorrir e ser feliz.
Numa noite comum, em que as luzes da cidade já se tinham apagado, e apenas as estrelas iluminavam as ruas, uma captou mais a sua atenção. A partir daí, todas as noites a observava, até que certo dia tomou a decisão de seguir a estrela em busca da felicidade.
O pobre partiu e caminhou durante alguns dias, sempre seguido pelo cão, até que chegou à serra mais próxima da estrela. Sorriu, contemplando-a, tinha encontrado a felicidade.
Depois disto, ele regressou à cidade e contou a história toda à população. Sensibilizada com o acontecimento, decidiu batizá-la com o nome de Serra da Estrela.
Rodrigo Bento. Texto a partir da lenda “A Serra e a Estrela”.
(Frases criativas / colagens de Beatriz Lucas, Gonçalo Pereira, João Oliveira, Alice Carolina e Madalena Fonseca, por esta ordem)

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