Francisco Moita Flores esteve ontem, dia 27, na ESAAG, às 15h30, a falar com duas turmas do ensino secundário. Moita Flores falou da sua atividade de escritor de romances mas também da sua carreira de guionista de dezenas de séries de televisão como "Desencontros" ou "A Ferreirinha".
Na sua atividade de escritor, focou como aspeto essencial a solidão do escritor e a sua dedicação ao trabalho: depois da investigação histórica, o trabalho é solitário e de muitos dias seguidos diante do computador. Nos guiões, depois da sinopse inicial, caracterizam-se as personagens e escrevem-se as cenas, imaginadas para TV. Diz Moita Flores que uma série tem poucos minutos para impressionar e "apanhar" o espetador - daí a importância das primeiras cenas. "Lusitana Paixão" foi uma das suas experiências a escrever para telenovela, um tipo de escrita "para encher chouriço" e em que tudo tem de acabar bem, mas que se revela o tipo de trabalho televisivo mais rentável financeiramente. Para inovar, ousou uma vez "matar" uma das personagens que em princípio iria casar mas teve de ter todo o cuidado e compensar com outros efeitos para que Ricardo Carriço tivesse um fim digno do seu nome.
Moita Flores está neste momento a escrever um policial, que sairá brevemente. O último livro seu é "O Mensageiro do Rei", trama que se passa entre o Regicídio e a República.
Na Biblioteca da ESAAG continua até ao fim da semana a Feira do Livro com 6 títulos de Moita Flores a preços especiais. Vem ver.
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