Como conhecemos Camilo Castelo Branco pelos documentos/textos
estudados, fomos no dia 21 de fevereiro até São Miguel de Seide visitá-lo na sua própria casa. Entrámos
como quem entra em casa de um amigo. Recuámos no tempo, orientados por uma
visão teatral, absorvemos cada curiosidade de um estudo camiliano. Os espelhos
e retratos refletiam os sentimentos fortes de alguém que, por não os aguentar, perdeu-os
naquela cadeira de verga. Os móveis, em contraste, contavam-nos histórias: dos
livros escritos por necessidade (sessenta mil páginas à mão), das desditas
constantes com os filhos, de um amor que sempre venceu. Para além dos
pormenores apreendidos, os objetos pessoais eram os mais interessantes da casa.
E, em frente da casa a receber-nos, a célebre acácia do Jorge.
A seguir, chegámos ao Porto onde vislumbrámos de passagem a
Cadeia da Relação, também ela ligada a Camilo pois ali passou algum tempo na
companhia sempre longe, mas perto de Ana Plácido. Como alunos de História, a
igreja de S. Francisco fez-se-nos maravilha pela sua soberba talha dourada e
detalhe nas representações bíblicas. Foi-nos exibida por um discurso histórico,
onde se expuseram informações sobre a sua construção e importância. Além da
igreja descemos ainda às catacumbas onde macabramente pisámos sepulturas e
ossos guardados. As recordações digitais não foram possíveis tanto na Igreja
como nas catacumbas.
No final, o tempo livre foi aproveitado para nos perdermos
nas ruas do Porto, e sentirmos a cidade em toda a sua diversidade de emoções
que a mesma nos oferece. Não estivesse eu a falar da cidade invicta!
Inês Monteiro, 11º F
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