Foi há pouco, às 17 horas, no Grande Auditório da ESAAG, a sessão dos professores que foram
à Irlanda no ERASMUS+. A sessão pretendia divulgar o que a visita à Irlanda
tinha trazido de novo no campo da observação das práticas educativas e da
organização do sistema educativo. Sobre a realidade irlandesa já os textos
publicados há um mês no Blogue EXPRESSÃO explicaram muito. Nesta sessão
focou-se sobretudo a atitude muito positiva dos alunos irlandeses na escola, a
mais reduzida carga horária, a importância da biblioteca e das atividades
artísticas na realização do aluno e a menor carga de exames.
A sessão permitiu também questionar a realidade do sistema
educativo em Portugal, muito preso a um ensino tradicionalista e muito causador
de indisciplina e rejeição pelos alunos. Nas conversas perpassou a manifesta dificuldade
de transformação do sistema português, quando se olha sem entusiasmo a
oportunidade da flexibilidade curricular, quando os projetos pedagógicos são
meros epifenómenos, quando a partilha é recusada pelos professores, quando o conformismo é geral, quando não se consegue sair de um modelo padronizado de
ensino que segrega uns para fazer avançar outros. A cristalização dos
encarregados de educação em modelos protetores dos filhos e a falta na escola de
professores jovens com outra garra e projetos mais dinâmicos foram outros
problemas focados.
No final ficou o convite a que os professores participassem
no debate sobre a flexibilização curricular para entrada em vigor em 2018/19 e
o vissem como uma oportunidade de renovar o ensino, atraindo mais os alunos
para aprenderem mais e melhor.
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