Nos dias 22 a 25 esteve no TMG o espetáculo "Pedro", texto de Manuel Poppe e encenação de Pedro Damião para o Teatro do Calafrio, da Guarda. A Mariana Batista, do 12º ano, participou no elenco desta produção.
O Teatro Calafrio anunciou uma oficina de teatro no
início do ano e eu inscrevi-me. Sempre gostei de teatro e já tinha tentado
participar numa oficina de teatro e como agora a oportunidade surgiu, não quis
desperdiçá-la. Na sequência desta oficina estava prevista uma participação na
peça “Pedro”. Fiquei entusiasmada e à medida que fui conhecendo melhor as
pessoas e a peça, ainda fiquei mais entusiasmada. Foi uma experiência
fantástica e foi uma sorte muito grande ter encontrado um grupo de pessoas
extraordinárias.
Como foi a tua participação nesta peça?
A participação dos integrantes na oficina Degelo
estava desde o início prevista para ser coletiva (em forma de coro). No
entanto, acabou por ser um pouco mais e acabei por ter uma pequena aparição
como criado e uma participação pequena como o escrivão do D. Pedro.
Em que consistiu a oficina DEGELO?
A oficina Degelo foi uma iniciativa do Teatro Calafrio
que consistia numa formação teatral que tinha previsto acabar com uma
participação na peça “Pedro” do autor Manuel Poppe. Era para ser uma oficina
orientada pelo Américo Rodrigues e pelo César Prata (acabou por ser orientada
pelo Pedro Damião e pelo César Prata). No entanto, fruto de alguns
constrangimentos que ultrapassaram os participantes da oficina mas que
obrigaram a algumas alterações, a oficina acabou por ser uma formação quase intensiva
e a ênfase foi colocada na participação na peça onde todos os participantes da
oficina acabaram por ter um papel mais ativo do que aquele que inicialmente
estaria previsto. Para mim, pessoalmente, foi uma surpresa agradável porque
senti que o encenador foi igualmente exigente com todos os atores, amadores e
profissionais. Ainda assim gostava de ter oportunidade para fazer uma formação
teatral logo que possível.
Sempre gostei de teatro e desde pequena que estou
habituada a assistir a peças muito diferentes. Os meus pais também gostam e
sempre me levaram a assistir a espetáculos ao vivo; concertos, teatro, dança,
musicais, etc. Para além deste hábito, sempre me lembro de pisar o palco com
relativa facilidade - antes da escola primária dancei ballet dois anos
consecutivos no grande auditório do TMG; na escola primária, no 5º e 6º
ano participei em diversas atividades de expressão dramática e cheguei a ter
algumas participações memoráveis: na festa de finalista da escola primária fui
a Tia Emma do “Feiticeiro de OZ”; no 6º ano fui a Scarlett O’Hara em “E tudo o
Ventou levou”. Depois, devido a constrangimentos diversos, a expressão dramática
ficou um pouco num papel secundário (ou até figurante, he he he he!!!), mas
nunca esquecida. Gosto da transfiguração que sofremos em cima do palco; gosto
do trabalho intelectual e emocional a que somos sujeitos para criar novas
personagens em que algumas nem têm nada a ver connosco; gosto da adrenalina
antes de “subir o pano”, que nos dá uma clarividência muito especial; gosto
também da relação de entreajuda e colaboração que se cria com os outros
participantes - encenador, atores, produtores, técnicos, etc.
Não tenho, para já, qualquer intenção em seguir
profissionalmente a dramatização, mas, sempre que possa e me deixem, lá
estarei…
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