Os telemóveis tornaram-se um vício
para os jovens, uma dependência mesmo. As dependências trazem boas sensações
e trazem também benefícios. No caso dos telemóveis, para além da música e das
trocas comunicativas, eles têm fortes potencialidades para uso em sala de aula,
sítio onde habitualmente os professores não os querem ver. Quanto aos inconvenientes, para
além da própria ideia de dependência, assinale-se a pouca disponibilidade do
jovem para atividades de ar livre, a progressiva incapacidade de ler texto em
extensão e de “pensar lento”, ao mesmo tempo que diminui a resistência à frustração.
Um ano depois da proibição de
telemóveis nas escolas em terra de Macron, recordamos aqui um dos textos que
apareceram em 2018 sobre o assunto na imprensa portuguesa, focando as escolas
mais rigorosas nesse campo, a posição dos Diretores de Escolas e de
especialistas em educação como Daniel Sampaio (magg.pt).
Para concluir, as estatísticas que não
mentem. Em
Portugal em 2018 mais de 90% das crianças e adolescentes tinham um telemóvel. Entre os 10
e os 12 anos a percentagem era de 83% e entre os 13 e os 17 anos subia para 97% (dados da Anacom, 2018) . Por outro lado, 78% dos jovens entre os 16 e 17 anos
usava internet no dispositivo móvel, sendo inferior o número dos miúdos entre os
10 e 12 anos que o faziam (38%). (Imagem tek.sapo.pt)
0 comentários :
Enviar um comentário
Os comentários anónimos serão rejeitados.