Para uma criança que já lia Homero
aos 12 anos, não admira que os primeiros poemas tivessem chegado aos 14. Diz
Sophia: “Comecei a escrever numa noite de primavera, uma incrível noite de
vento leste de junho. Nela o fervor de inverno transbordava e eu não a podia
reter, conter — nem podia desfazer-me em noite, nem fundir-me em noite”.
A primeira edição de poemas de
Sofia (ainda sem ph) dá-se aos 24 anos, em 1944, uma edição de 300 exemplares financiada
pelo pai, com o título “Poesia”. Guardou 100 para si (para ofertas) e os
restantes venderam-se num instante.
O primeiro poema do primeiro livro
é apenas de 5 linhas e sem título:
Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A força dos meus sonhos é tão
forte,
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam
vazias.
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